Capítulo 10

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P.O.V. Kate

Natal! Tempo de se reunir e celebrar em família.

Eu sou órfã de pais vivos, logo não tenho família.

Meu irmão, que é padre, se pudesse me excomungaria. E olha que até o próprio chefe dele, Chico, já disso que somos TODOS filhos de Deus.

Sim, eu chamo o Papa por um apelido. Me julgue.

Voltando à minha péssima família. Minha irmã só lembra que eu existo quando precisa de dinheiro.

A última vez foi para pagar remédios para sua filha. Mandei um pouco a mais e descobri que a filha da puta trocou o celular e a menina nem estava doente.

Descobri o trambique e o bicho pegou por telefone. Nunca mais mando um centavo sequer. A criança não tem culpa, mas não fui eu que pus no mundo também.

Meus pais não merecem qualquer menção. Como eu disse, órfã de pais vivos.

Coloco o chester no forno e a campainha toca. Acho estranho, ainda são sete e meia da noite. Abro a porta e me impressiono com a vista.

A filha da mãe está usando um conjunto vermelho claro de cropped com calça. Cropped! Um maldito CROPPED!

Cabelos soltos, um brinco grande lindo e maquiagem leve que ressalta sua beleza.

Cabelos soltos, um brinco grande lindo e maquiagem leve que ressalta sua beleza

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— Não sei se agradeço a Deus pela vista ou se te mato por ela. Caralho, Maitê. num colabora com minha sanidade desse jeito. Filha duma égua!

— Boa noite pra você também, Kate.

— Desculpa. Sua gostosura ofuscou minha educação. Boa noite, minha querida, entre por favor.

Ela ri e passa por mim, deixando um rastro do seu perfume indecente.

Vejo que a gatona não trouxe uma bolsa grande onde poderia estar alguma roupa. Apenas duas garrafas de vinho, uma sacola com uma caixa e a carteira de mão.

— Oba, minha visita vai dormir nua hoje.

— Como assim?

— Uai, você vai dormir aqui hoje né minha filha. Não vai sair por aí tarde da noite e muito menos depois de beber. E como não vejo uma bolsa com roupas...

— Eu vou voltar para casa...

— Ah, mas não vai mesmo! Vai dormir aqui sim, Senhora. Questão de segurança, Doc.

— Depois a gente vê isso... mas.. você não pode me emprestar um pijama? Desse jeito eu vou voltar com seu presente pra trás...

Eu gargalho diabolicamente. Ela tem mais corpo que eu.

— Gata, uma coisa é minha bundinha de gaveta caber nas suas roupas. Outra coisa, é seu popozão de cômoda caber nos meus shorts minúsculos.

O Coração de Maitê (Degustação - disponível na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora