As Três Jornadas de Helius - Abgha

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Foi seguindo para leste

A armada desolada

Pois seus mortos lamentavam

Que perderam na jornada

Duas luas se passaram

Desde batalha cruel

Mas nunca se esqueceriam

Amargava feito fel

Já o Sol ardia forte

Brisa alguma emanava

Mas seguiam mesmo assim

E o temor se aflorava

Foi ao longe que enxergaram

Morro alto, estreita gruta

Em seu âmago maldito

Vivia vilã astuta

De onde veio ninguém sabe

Sua raça ignoravam

Mas temiam-lhe a vista

Enfrentá-la não ousavam

Conhecendo o perigo

Levantou as mãos o rei

- “Deste ponto ninguém passa

Eu sozinho adentrarei” –

Uma tocha foi-lhe dada

Para a gruta iluminar

Pois ali escuridão

Não deixava luz entrar

Caminhava com cuidado

Em solo irregular

Ao iluminar seus pés

Se espantou com o lugar

Milhares de pequeninos

Descarnados o olhavam

Suas órbitas vazias

De morte amaldiçoavam

Mal saídos de suas mães

Para ali foram tragados

Pela bruxa impiedosa

E por seus cruéis criados

Logo lhe apareceram

Em visão particular

Criaturas jamais vistas

Sob o brilho do luar

Seus olhos eram cruéis

Suas faces devastadas

Seu semblante desgraçado

Suas bocas desdentadas

Avançaram contra o rei

A cruel horda maldita

Mas caíram sob espada

Que com força decapita

Avançava finalmente

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