Fico pensando que em outros tempos
Em teu sorriso eu me perdia
Em que momento, deixardes de existir
E passou a dar lugar a esta vadia?
E a princesa de meu mundo nebuloso
Era do príncipe do inferno uma trapaça
E voz, que tantas vezes povoou meu coração
Agora é nada, senão fonte de minha desgraça
Em meus delírios, imaginava, tocando sua alva pele
Teus olhos de avelã me contemplando, teus lábios de mel
Tocando os meus em exercícios de loucura
Ó doce, cruel, mentirosa, enganadora Jezebel
De teu veneno eu já provei mais do que o suficiente
Não foi ele que provou pranto eterno?
Que envenenou um jovem sonhador?
Que lhe arrancou do seio materno?