02
— É tão longe assim? Se soubesse teria nos hospedado na pensão do centro. Porque sua casa tem que ser tão distante? — Makkari revirou os olhos enquanto conduzia seu amigo resmungão pelas ruas cheias de neve e pessoas alegres. O natal sempre deixava os humanos mais receptivos, fazendo assim o inverno parecer menos rigoroso. Mas para Druig ainda era um emaranhado de pensamento descompensado sussurrando sem permissão em sua cabeça. Ele odiava o fato de não conseguir desligar as vozes quando estava muito próximo dos humanos.
Makkari por outro lado adorava aquela multidão, as cores e os rostos alegres e gentis. Era nessas horas que lembrava o porquê de gostar tanto dos humanos. A mão de Druig a puxou fazendo-a despertar do seu torpor. Pelo seus olhos ele pode perceber o quanto os pensamentos daquelas pessoas o deixaram atordoado, mas queria que ele sentisse o que ela sentia ao ver tudo aquilo, então apenas sorriu tentando o encorajar e o puxou para o meio da multidão que se formava. A vibração ali era tão forte que Makkari não podia deixar de sorrir e fechar os olhos.Deixando toda magia e calor a preencher por inteiro.
Durig olhando a amiga tão entrega a um momento tão simples como um coral natalino não pode deixar de sorrir. Makkari sempre adorou esses tipo de coisa, e tinha um sensibilidade rara apreciar as coisas que os humanos faziam . Sensibilidade essa que Druig não tinha, ele compadecia das dores humanas, mas não conseguia apreciar seus feitos, sendo que sempre que algo bonito surge na humanidade, há algo podre por trás e essa ideia o assola há anos desde a primeira vez que viu a raça apunhalar uns aos outros em um guerra.
Mas vendo Makkari daquela forma o deixava esperançoso e feliz. Ela sempre teve esse poder sobre ele, ela era a luz em sua escuridão. Seus dedos envolveram a mão dela e o trouxe aos lábios e beijou os nós de seus dedos um por um. Druig nunca havia beijado-a. Apenas provocação e abraços ligeiros. Ele nunca havia tocado de verdade, não dessa forma. Algo em sua barriga se contorceu e o frio das ruas se apossou de seus estômago. Lembra de ter lido isso em um romance, mas nunca havia vivenciado tal sentimento.
Seus teste descansou na dele enquanto tentava recuperar o fôlego. Era estranho toda aquela sensação, principalmente ela que nunca havia sentido nada parecido antes. Druig estava acostumado a sentir coisas pela mente de outras pessoas, mas não a eletricidade que era tocá-la com os lábios. Ele imaginou como seria beijá-la de verdade. Seus olhos se encontraram e ambos sorriram desconcertados, mas nenhuma teve a coragem de ultrapassar a linha.
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— "Vou sentir sua falta." — Gesticulou ela. A neve caia calma na manhã seguinte ao natal. Druig acordará cedo para passar o máximo de tempo com ela antes de voltar para sua vida normal, era doloroso deixar ela para trás, mas tinha certeza de que ela preferia ficar ali. Makkari era um espírito livre e odiaria ficar presa a outra pessoas, ela passou tempo demais presa aos outros eternos e vendo o quão feliz ela estava, era difícil para Druig pedir que deixasse tudo para trás.
— " Eu também sentirei a sua." — Makkari pegou um livro da pilha e o pressionou contra o peito dele.
— "Estou te dando isso para que se lembre de mim e que tenha um desculpa para me visitar no futuro." — Ele pegou o livro e leu o título era " um conto de natal" de Charles Dickson. —" Sei que provavelmente estarei em outro lugar quando decidir fazer uma visita, mas você saberá onde me encontrar."
— Se cuida. — Sussurrou ele, unido suas testas e inalando o cheiro dela para guarda na memória para quando estivesse se sentindo sozinho. O cheiro dela o lembrava de casa.
— Você também. — Gesticulou ela. Ele saiu pela porta sorrindo e acenando, Makkari fez o mesmo lutando contra as lágrimas que tentavam cair. Seu coração se partiu mais uma vez ao vê-lo ir, mas sabia que ele voltaria. Ele sempre voltaria para ela.
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You Coming for Christmas? [ DRUKKARI]
Fiksi PenggemarOnde Makkari e Druig passam o natal juntos.