"Se eu te dissesse que te amo, diga-me, o que você diria? se eu te dissesse que te odiava, você iria embora?"
Kara e Alex conversaram por alguns minutos antes de se despedirem e Kara voltar para o quarto de Lena para verifica-la. Ao chegar lá, respirou fundo e bateu na porta.
— Lena? Posso entrar? — perguntou antes de obter uma resposta.
"Não"
Uma voz fraca disse de lá de dentro.
— Vamos, Lena; precisamos conversar. — Kara disse, mas nenhuma resposta veio do outro lado, então, decidiu entrar assim mesmo.
— Eu disse para sair. — Lena rosnou para Kara, sem ao menos olhar em seu rosto.
— Bem, nosso casamento não foi a única coisa que aconteceu nos últimos quatro anos. Então, eu preciso saber do que você se lembra. — Kara disse, ignorando o que Lena havia dito.
— Eu não sei, Kara. Eu já te disse isso. Quando eu lembrar, eu prometo que conto, e enquanto isso não acontecer, você pode, por favor, me deixar em paz? — perguntou irritada, e Kara apenas fez que sim com a cabeça. Antes que qualquer coisa pudesse acontecer, uma jovem de cabelos castanhos enfiou a cabeça na porta do quarto.
— Com licença... — começou a jovem com um tom tímido. — Eu preciso levar a senhora Luthor para fazer exames. — A jovem falava tão baixo, que parecia miar.
— Claro. — Kara saiu de perto de Lena para a jovem poder levar Lena. Olhando melhor agora, Kara presumiu que a jovem fosse uma interna ou residente, visto que seu uniforme era azul claro, e pelo jeito de como ela falava e andava - tímido e incerto.
— Senhora, hmm...
— Kara. Somente Kara. — respondeu.
— Claro. — sorriu. — Kara, você pode, um, me ajudar com isso? — apontou para a cadeira de rodas que trouxera consigo e depois para Lena.
— Claro. — Kara andou até onde Lena estava, passou um braço pela coluna, com cuidado com o lugar machucado - porque por mais que Lena tivesse seu gesso retirado, suas fraturas ainda não tinham sarado completamente - E depois colocou o outro pela parte de trás dos joelhos. Lena gemeu de dor no processo, o que já era esperado. Um suspiro de alívio saiu da boca da empresária ao se sentar na cadeira, e então, a médica/interna/residente saiu com Lena, deixando Kara sozinha naquele quarto frio e escuro.
...
A mesma pessoa que havia levado Lena para os exames a trouxe de volta quase uma hora depois.
— quando você vai sair do meu pé? - Lena perguntou mal humorada - como sempre.
"Agora preciso da sua ajuda em tudo o que faço."
— Você não vai se deitar nessa cama sozinha. — Disse Kara sem pensar. Naquele momento, Lena percebeu que agora iria precisar de alguém para ajudá-la a deitar na cama, trocar de roupa, tomar banho, e etc. A morena arrepiou-se com o pensamento de Kara cuidando dela como se fosse um bebê; como se fosse uma porcelana que qualquer deslize, poderia facilmente quebrar. Ela nunca havia se sentido tão imponente em toda sua vida, até agora.
Kara a ajudou a deitar em sua cama com o mesmo processo de antes. Quando a médica saiu, um silêncio constrangedor se instalou no ambiente.
— O gato comeu sua língua por acaso? — Lena perguntou quebrando o silêncio. Kara pigarreou antes de falar.
— Bem... eu não sei exatamente da última coisa que você lembra, então, vou apenas falar o básico. — disse Kara.
— Apenas fale logo.
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E oque acontece agora? || Em Hiatus
RandomForam há exatos 8 anos atrás que Kara conheceu Lena. 4 desde que declararam seu amor uma pela outra e 3 desde que se casaram. Mas 5 desses anos foram destruídos em um mês em que Kara passou segurando a mão gélida de sua esposa em coma, ou melhor, d...