Eu Disse Não - Wayhaught

Ele está de volta

Waverly

Assim que nos despedimos da Nicole, fomos levada para uma pequena sala branca, completamente estranha. Eu franzi o cenho confusa com aquele lugar. Já ia perguntar para o enfermeiro o motivo de estarmos ali, quando ouço uma voz bem conhecida atrás de mim, meu corpo tremeu.

Não, aquela voz não.

Assim que o dono da voz se aproximou, o enfermeiro se retirou.

-Olá, Waverly, quanta saudade eu tive de você amor! - Me viro assustada, negando, eu não acredito que aquele ser, estava ali, na minha frente.

-Champ? O… o que você… - Eu estava trêmula, aquele homem asqueroso, me deixava com um medo tremendo.

-O que foi querida? Está tão animada que não consegue nem falar não é mesmo? Eu estava com tanta saudade de você meu amor. - Ele ia se aproximar, mas parou assim que eu neguei a sua presença.

-Não, não, isso só pode ser um pesadelo, você não está aqui, não… v...você não está…! - Sacudi minha cabeça negando a presença daquele ser que me causou tanto sofrimento.

-Amor, sou eu, seu querido Champ, lembra? - Ele foi caminhando lentamente até mim e eu estendi a mão, pedindo para ele se manter em seu lugar.

-NÃO CHEGUE PERTO DE MIM! - Falei em um tom mais alto.

-Mamãe, é o bicho papão! - Olhei assustada para Sara, e ela aparentava estar do mesmo jeito, assustada.

-Ela… a minha filha! -Ele sorriu -fruto do nosso amor!

-Não, não, não fale isso, ela não é! -Rosnei.

-Não minta para mim, Waverly, eu sei que ela é a minha filha. Acha que isso é coincidência, de termos nos encontrado hoje? Faz tanto tempo que eu te encontrei, eu apenas estava esperando o momento certo. -Ele sorriu. -Eu que era o outro motorista.

-O que?- perguntei em choque. Ele tinha armado tudo? -VOCÊ QUASE NOS MATOU!

-Não era a minha intenção querida, eu só queria causar um pequeno susto.

-SEU CRETINO DESGRAÇADO, SAI DAQUI!

-Oh amor, eu vim te buscar, para enfim nós ficarmos juntos. Eu, você - Ele olhou para Sara- E a nossa filha - Ele sorriu alto, de um jeito insano.

-Mamãe, eu quero a mamãe Haught, quero a mamãe! - Ela começou a chorar.

-Calma querida, a mamãe está nos esperando, já, já estaremos com ela.

-Eu acho que não! - Ele me encarou ainda sorrindo. E quando eu ia falar, sinto alguém tapando meu nariz e boca, me fazendo desmaiar. Eu só consegui pensar na minha filha, ali, sentada naquela cadeira, com aquele lunático!

-MAMÃE, MAMÃE…!

(...)

Abri meus olhos lentamente, piscando de vez em quando, para tentar focar. Eu queria saber onde estava. A última coisa que me lembro, foi de ter visto...

- Champ! - Minha respiração começou a ficar ofegante, eu só queria sair dali, de perto daquele homem.

-Querida, enfim acordou. - Eu estava assustada, quem eu achei ter ficado no passado, voltou para me assombrar. Ele se aproximava lentamente com um enorme sorriso nos lábios.

-Onde… cadê a minha filha? - Eu conhecia Champ, sabia do que ele era capaz, eu não poderia deixar ele perto da minha filha.

-Oh, a nossa filha está bem, ela está sendo cuidada. -Assim que mencionou seu nome, a minha pequena apareceu, sorrindo.