speak now

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🌺 "fale agora ou cale-se para sempre". Will não iria se calar para sempre. 🌺


O dia estava ensolarado, o que não combinava nem um pouco com o humor de Will mas infelizmente, combinava com o humor alegre de todos seus amigos a sua volta.

Max estacionou o carro no estacionamento lentamente e de forma perfeita, quase como se tivesse calculado anteriormente. Lucas assobiou:

— Um dia eu ainda vou dirigir como você — Comentou, retirando seu cinto e arrumando seu smoking que brilhava à luz do Sol.

A ruiva riu:

— Vá sonhando, Sinclair.

Como se estivessem conectados pela mente, se viraram ao mesmo tempo para Will que estava no banco de trás do simples carro. O garoto levantou uma sobrancelha, fingindo indiferença, mas começava a sentir suas palmas da mão suando pois sabia o que o casal o diria:

— O que foi, gente?

Trocaram um olhar e Max se remexeu desconfortável no banco, olhando preocupada para ele:

— Você tá' bem? Tipo, você não é obrigado a estar aqui, nem nada do tipo.

— É — Lucas continuou — Se quiser, nós damos meia volta e vamos beber para afogar suas mágoas.

Will riu sem graça e olhou para fora pelo vidro embaçado. Ainda era cedo, havia no máximo cinco carros no estacionamento gigante da igreja antiga. O Sol estava atrás da construção, trazendo um sentimento caloroso para o decepcionado garoto. Pigarreou, voltando a olhar para os amigos:

— Eu tô' bem. Sério — Tentou soar confiante, dando seu melhor sorriso mas o casal obviamente não acreditou.

— Will...

— De verdade, gente. Eu tô' de boa — Destrancou a porta do carro — Só...vamos terminar logo com isso.

Concordaram com a cabeça e logo todos estavam para fora do pequeno carrinho. Max usava o começo de um terno azul celeste que terminava com uma saia do mesmo tom. Seu cabelo ruivo estava preso em uma trança com flores colhidas. Já Lucas usava o smoking casual de um padrinho de casamento, com um cravo no bolso, como pedido. Will não foi chamado para ser padrinho por motivos... específicos, por assim dizer, e trajava um simples terno preto com uma gravata verde que tanto gostava. O casal cruzou os braços e caminharam em direção a igreja enquanto Will os seguia sem exatamente sentir suas pernas. Às vezes, na vida, entramos no modo automático e sequer notamos.

Havia uma grande bagunça quando se aproximaram mais e mais da grande entrada. Muitas pessoas entravam e saíam com arranjos de flores, papéis que voavam por aí e todos estavam falando alto. Passaram pela confusão e logo adentraram a igreja.

Era linda por fora e magnífica por dentro.

Os noivos, em certo ponto da vida, não tinham sequer que pensar mais em dinheiro e fizeram bom uso do mesmo neste dia.

Havia uma parede de vidro com alguma imagem bíblica e a mesma levava para duas separações. Passando por elas, logo estavam de frente para corredores e corredores de cadeiras bem organizadas e delicadas enquanto um enorme tapete ia de ponta a ponta, até o altar, e, Deuses, que altar.

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