𝕥𝕨𝕠

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— saya, recebi uma ligação do seu diretor e ele falou que você sempre chega atrasada, é verdade? - John perguntou, eu assenti concordando.

Tinha acabado de chegar da escola e de cara, John estava me esperando com uma cara nada boa.

— você vai ficar de castigo. - fechou a cara.

— eu não vou. Eu não sou uma criança. - digo passando por ele.

— mas eu sou seu pai! - gritou.

Parei me virando para olha-lo, franzi o cenho.

— quem disse? Você não é importante na minha vida. então, para de achar que você é meu pai. - me virei subindo às escadas sem olhar para trás.

— eu vou contar para sua mãe!

Vai se fuder.

Escutei ele gritar lá de baixo, apenas ignorei. Não tínhamos uma relação boa desde que eu era criança, e minha mãe forçava a barra.

Eu sentia a falta do meu verdadeiro pai, minha mãe não me falava sobre. Ela trabalhava como professora, até uma certa série ela parou de dar aula pra mim.

...

— sério, saya? Você não devia ter dito isso. - minha mãe estava me dando um sermão antes de ir para escola.

Ouvia calada, estava terminando de comer minha comida antes de ir pra escola.

— já pensou como como o John se sente? Você devia pensar nos outros. - disse e mais uma vez eu a ignorei. - será que dá pra me ouvir, saya! - bateu sua mãos na mesa, ela estava furiosa.

Olhei pra ela que estava com uma veia saltada da sua testa, me levantei da cadeira limpando minha roupa.

— minha hora já deu, boa tarde. - me virei saindo da cozinha, deixando ela gritar sozinha.

Sai de casa indo em direção à escola. Caminhava rápido por causa da temperatura que estava fazendo. É raramente que Filipinas faz calor.

Tinha chegado cedo na escola, fui para minha sala entrando me sentando no fundo.

A professora chegou, assim começando a aula. Enquanto ela fazia perguntas para outras pessoas, eu observava às pessoas da janela. Minha sala ficava no andar de cima.

— saya, tá ouvindo? - a professora perguntou, todos se viraram para trás me encarando.

— o que?

— eu estava falando que vai ser obrigatório todos forem participar do teatro que vai ter. - ela dizia colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.

— Ok. - ela deu um sorriso concordando, ela devia escolher algumas pessoas, não obrigar todos.

O sinal bateu e todos começaram a sair para o intervalo, eu estava saindo por último.

Fui até o refeitório pegar algo para comer. Cheguei parando em frente o lugar aonde uma mulher servia comidas.

— vai querer o que? - perguntou a mulher com uma concha de comida na mão.

— a maçã. - apontei, ela pegou e me entregou. - valeu.

— devia comer mais, garota. - ela me olhou.

Apenas levantei as sobrancelhas e me virei de costa saindo do lugar. Estava no corredor enquato comia minha maçã, um grupo de meninas estava vindo em minha direção.

— er... vim falar sobre o teatro. - ela deu uma risadinha colocando a mão na boca, dei uma mordida na maçã encarando às outras quatro meninas.

— rápido.

— bom, não sei se você sabe mas, a professora já deu os roteiros para os alunos. O tema é, shrek. Não sei se você já ouvi falar dele, mas ele é um filme norte-americano. - uma das garotas entregou um papel para ela.

Ouvia calada terminando minha maçã, ela soltou um suspiro dando uma risadinha.

— indo direto ao ponto, eu quero trocar de papel com você. - eu franzi o cenho, olhei para o papel e para ela. - a professora me deu o burro para mim o papel, e eu não quero. Então, eu quero que você fique com esse papel. - ela deu o maior dos sorrisos. Tá de brincadeira?

— ela deu pra você não pra mim. - seu sorriso desapareceu do seu rosto, ela não gostava de ouvir verdades?

— o quê? Eu tô pedindo um favor. - ela empurrou o papel na minha direção.

— não faço favores. - empurrei o papel em sua direção, ela ficou com raiva.

Me virei de costas caminhando e jogando o resto da maçã na lixeira que estava perto.

Contínua...

𝐄𝐍𝐄𝐌𝐘; 𝗍𝗈𝗄𝗒𝗈 𝗋𝖾𝗏𝖾𝗇𝗀𝖾𝗇𝗌.Onde histórias criam vida. Descubra agora