De volta a seus braços

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Os guardas foram reduzidos a dois em pouco mais de meia hora, Draco conseguia escutar o barulho das armaduras se chocando entre si do lado de fora da sala, indicando a presença de um guarda provavelmente armado. Já do lado de dentro, a alguns metros da grade, havia um outro em sono profundo, seus roncos fortes e altos como máquinas era a prova disso, e ao seu lado uma caixa aberta de cupcake com diversas coberturas diferentes que fazia a barriga de Draco roncar com a imensa vontade de poder pegar ao menos um.

Já se fazia mais de 24 horas que ele estava lá, e entre esse longo tempo ninguém veio a sua procura, parecia que nem notaram sua ausência, por outro lado, Tom não avia aparecido lá para encher sua cabeça com palavras imundas que faziam seu estômago revirar em desgosto e repulsa, isso poderia significar que as coisas no Palácio estavam complicadas ou que ele simplesmente não quis aparecer por lá.

Tinha uma única janela no cômodo, uma janela que chamava sua atenção por parecer extremamente velha e poder servir como rota de fuga, ela estava trancada com um cadeado enferrujado e com aparência sensível, uma única pancada com uma pedra seria o suficiente para o cadeado se romper, porém, o barulho acordaria o guarda deixando o tempo para Draco conseguir passar pela janela mais limitado. Ele já deu inúmeras voltas pela "jaula" mas não achou nada bom o suficiente para usar como proteção, era como se aquele lugar estivesse pronto para aprisionar o loiro à meses, talvez anos.

A janela dava a o telhado da mansão desconhecida que era ligada a uma floresta coberta por árvores altas e grossas, se ele fosse rápido e cuidadoso, poderia se esconder no centro da floresta, e se tiver sorte, encontrar um lugar para ficar ou para pelo menos se esconder por um tempo.

O plano já estava pronto, Draco usaria uma pedra para quebrar o cadeado e os vidros da janela, ele passaria por ela e desceria pelo telhado o mais rápido possível, depois iria entrar na floresta e correr até se sentir 100% seguro ou pelo menos afastado dos guardas que provavelmente vão estar à sua procura. Não é o melhor dos planos mas era o suficiente para Draco. Ele se levantou e segurou a pedra com força enquanto ia lentamente para perto da janela, respirou fundo e começou a contar de 5 à 0.

— 5...4...3...2....1

Ele ergueu a pedra e bateu com toda sua força no cadeado que se rompeu como o esperado, o barulho agudo do baque da pedra com o ferro fez o guarda acordar em um sobressalto e derrubar a caixa de cupcake.

— Mas que porra...O que pensa que está fazendo?!

Draco nem fez questãode escutar, apenas bateu a pedra contra o vidro mais uma vez e passou pelos cacos sujos do que antes foi uma janela. Ele conseguiu ouvir o barulho da porta ser aberta com força e as vozes dos guardas dentro do cômodo. Primeiro passo feito com sucesso, suas mãos estavam doloridas e repletas de sangue, Draco tentou retirar os pedaços de vidros maiores e se pos a correr ao leste.

Um raio iluminou os céus uma, duas, três vezes até Dravo notar as gotas da chuva que se aproximava caindo em si. Isso o fez acelerar, teria que ser mais rápido, inteligente, e não se render a vontade de gritar o mais alto que podia.

Draco deixou seu corpo deslizar pelo telhado molhado pela chuva que acabará de começar mas teve que se segurar em um tijolo quase solto ao ver a presença de um outro guarda rondando a mansão, ele parece não ter sido informado de sua fuga, o que deixou Draco um pouco mais aliviado.

— Barrow! BARROW!

— Estou escutando senhor

— O prisioneiro está solto! Fugiu pela janela da Ala leste! — e lá se foi todo o alívio de Draco — Avise a equipe de busca a não deixem ele fugir!...VÁ LOGO!

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