Harry não estava apenas flutuando, ele estava voando alto no céu! Desde a aula de terça-feira com Severus, sim, Severus! Harry estava sentindo como se sua vida não pudesse ficar melhor do que isso.
Quando sentiu a mão do mestre de poções brincando com seu cabelo, Harry primeiro pensou que ele estava imaginando coisas. Algo tão maravilhoso certamente não poderia ser real? Mas era real e quando o homem começou a tocar o rosto de Harry, Harry quase derreteu em uma poça de gosma.
E então ele o beijou! Snape, Severus o beijou! Foi o beijo mais incrível, suave e gentil, mas fazendo os dedos dos pés de Harry se curvarem de intenso prazer. E quando o homem beijou sua orelha, Harry sentiu como se tivesse morrido e ido para o céu. Foi a sensação mais excitante, enviando pequenos choques de felicidade por todo o seu corpo.
Ele ficou envergonhado mais tarde por gemer tão desenfreadamente, corando ao pensar nisso. Embora Severus parecesse gostar de ouvir seu nome dos lábios de Harry, assim como Harry emocionou ouvir o seu nome do mestre de poções.
Depois disso, Harry ficou com medo de que Severus quisesse fingir que nada havia acontecido entre eles e voltasse a tratar Harry com indiferença. Esse pensamento fez seu coração se contrair de dor.
Parado ali, olhando nos olhos escuros do homem que apenas um momento antes o observava com tanto carinho, Harry percebeu que sua pequena paixão na verdade cresceu e se tornou algo muito maior. E a ideia de perdê-lo, antes que pudesse compreender verdadeiramente aquele conjunto particular de emoções, encheu-o de uma tristeza insuportável.
Mas Severus não voltou ao que era antes. Ele enxugou as lágrimas de Harry e o avisou para continuar fingindo que o relacionamento deles não mudou fora da sala do mestre de poções. O que significava que ele estava disposto a continuar com aquela coisa, como quer que se chamasse, que estava se desenvolvendo lentamente entre eles.
Harry não sabia como voltou para a Torre da Grifinória naquela noite. Tudo o que ele conseguia ver era a imagem de Severus em sua mente. A maneira como ele observava Harry como se estivesse olhando para algo precioso, a maneira como seus olhos escureceram quando Harry acidentalmente lambeu seu dedo, a maneira como ele sussurrou no ouvido de Harry com aquela voz baixa e aveludada...
Harry estava sentado na sala comunal da Grifinória, com o cotovelo esquerdo apoiado na mesa e a cabeça apoiada na mão, olhando para o nada enquanto deveria estar fazendo o dever de casa. O único dever de casa que ele fez sem distrações foi, claro, a redação de Poções, porque queria agradar e impressionar Severus.
Ooh, Severus... com seus incríveis olhos escuros e lindos cabelos longos e um nariz um pouco maior que roçava tão ternamente a bochecha de Harry quando eles se beijavam... mmm...
— Companheiro, você está bem? Você está babando no seu trabalho de Transfiguração. — A voz de Ron de repente penetrou nos devaneios de Harry.
— O que? Ah, sim, estou bem. — Suspirou Harry, olhando para o pergaminho à sua frente.
Hermione, que estava revisando a redação de Ron para corrigir quaisquer erros gramaticais, olhou para ele pensativamente.
— Você parece estar fazendo muito isso ultimamente. — Ela disse. — Apenas olhando para o nada com um sorriso bobo no rosto. — De repente, ela endireitou-se e perfurou Harry com um olhar astuto. — Tudo bem, derrame. Quem é ele?
— Quem é o quê? — Ron perguntou confuso, olhando primeiro para Hermione e depois para Harry.
A garota de cabelos espessos sorriu.
— Quem é o objeto da paixão de Harry?
Corando furiosamente, Harry fingiu estar ocupado escrevendo.
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Trust (In) Me | Snarry
FanfictionNo início de seu sexto ano em Hogwarts, Harry Potter está determinado a pedir desculpas a Snape por invadir sua penseira e a pedir mais aulas de Oclumência. Ele não espera ser recebido de braços abertos... mas a reação de Snape é inesperadamente ext...