Capítulo 11

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ATENÇÃO!!!

Esse capítulo contém cenas de violência física e homofobia. Se você não se sente confortável em ler, por favor, preserve seu psicológico.

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Taehyung sentiu cada mínimo músculo de seu corpo ficar tenso à medida que Taewoo, seu pai, caminhava para dentro do restaurante. O jovem Kim duvidou se aquilo era mesmo real ou apenas o pouco de bebida alcoólica que ingeriu fazendo-o alucinar, porém, quando os olhos do homem encontraram os seus e também esboçaram completa surpresa, ele soube que aquilo não era uma alucinação e sim, uma infeliz coincidência. Uma maldita coincidência.

Os passos do recém chegado travaram e rapidamente desviaram para a outra extremidade do restaurante, conduzindo a bela mulher que o acompanhava. Taehyung sem conseguir conter seu espanto seguiu cada passo de seu pai, só agora notando a presença de sua acompanhante, até que ele sumisse de seu campo de visão.

— O que houve? — Jimin perguntou, percebendo a mudança drástica na expressão do amigo.

— Nada — respondeu ainda desorientado, bebendo um pouco de água para ajudar a digerir aquela situação — Eu vou ao banheiro, com licença — disse, levantando com pressa e se retirou sem esperar resposta, deixando todos da mesa confusos.

Sua mente estava um emaranhado de pensamentos, não estava preparado para ver seu pai ali, não dessa forma. Ele não estava no Japão? Ele disse que estaria no Japão durante todo o período de suas férias, então, o que ele estava fazendo ali? E quem era aquela mulher?

Com a respiração agitada o ruivo adentrou o banheiro indo diretamente para a pia, jogando água fria em seu rosto, tentando reorganizar seus pensamentos. Taewoo tinha mentido descaradamente que estaria em outro país apenas para se livrar do filho. Não que Taehyung acreditasse verdadeiramente que o pai realmente tinha negócios para fazer no Japão e passaria todo aquele tempo fora, não era mais tão ingênuo assim, mas, ele tinha que ir justamente para Busan? Justo no mesmo restaurante que ele naquela noite?

Estava terminando de se acalmar quando a porta do banheiro foi aberta lentamente e aquele do qual tinha herdado as características faciais adentrou com a expressão mais fria que o ruivo já tinha visto, congelando seu estômago.

— O que você está fazendo aqui? — a voz soou como um trovão naquele banheiro, tão grave quanto a de Taehyung.

— Eu quem deveria fazer essa pergunta — Taehyung virou-se, os olhos tão sérios quanto o do pai. Não demonstraria que o outro o afetava — Não era para você estar no Japão? — questionou cruzando os braços.

— Tenha mais respeito quando falar comigo, seu moleque — proferiu irritado, se aproximando alguns passos, mas Taehyung não deixou se intimidar — O que está fazendo aqui em Busan? Está com aquele garoto de cabelo rosa? Quem é ele? Ele é seu... — sua língua travou na última palavra, como se fosse uma blasfêmia proferi-la.

— Namorado? — riu debochado, ao ver o desgosto no rosto de seu pai, uma veia saltava em sua testa — Não machuca falar a palavra, pai, e não, ele não é meu namorado — foi sua vez de se aproximar, uma raiva sem precedentes incendiando suas veias, tornando seu olhar mais duro e acusatório — Jimin é apenas um amigo que me acolheu quando o babaca do meu pai me rejeitou para passar um tempo com a nova vadia dele — cuspiu as palavras com raiva e no segundo seguinte seu rosto virou completamente, uma dor absurda se alastrando por sua boca e queixo.

— Nunca mais fale assim dela — Taewoo o agarrou pela camisa prensando-o na parede, seu rosto vermelho de raiva. Estava completamente fora da razão — Ela é uma pessoa íntegra, diferente de você.

What The Eyes Don't See |taejin|Onde histórias criam vida. Descubra agora