- Atrasado. - desencostou do carro. - Você está atrasado.
- Na verdade, você quem está adiantada. - olhou o relógio no pulso.
- Seus pulinhos no tempo devem ter estragado o relógio. - guardou o objeto dourado no bolso.
- Vamos de carro? - apontou, se aproximando. - Não tinha ideia que estavam tão perto.
- Dois estão. Dirige. - jogou as chaves.
Ainda que o impulso de ser mandona proveniente de Leta o irritasse, Five não se importaria em dirigir, mesmo que soubesse que forma alguma Leta largaria o plano de mão, sabia que em seu interior, a mulher escondia algo a respeito do interesse repentino.
Qualquer pessoa em sã consciência que sabia quem ele era, não o ajudaria de prontidão. Tinha certeza disso, considerando que até seu eu de outro período temporal, não o fez. Mas Leta tinha algo, talvez uma inaptidão extremamente apta a ajudar, ou seja, ainda que de forma disfarçada, o ajudaria sem problemas. Ele apenas não sabia o preço.
- Posso saber que merda é essa? - Five disse, arrumando o espelho.
- Ao que se refere exatamente? - Leta franziu o cenho.
- Tem um cachorro. Um cachorro no banco de trás. - se virou para analisar a figura. - Por que caralhos tem um cachorro sentado em uma cadeirinha infantil? - encarou Leta.
- Esse é o frajola. Ele vai conosco. - pôs o cinto.
- Não estou certo se entendi o propósito disso. - ligou o carro.
- Não tem que entender todas as coisas, Five. Entenda apenas o que lhe diz respeito.
- Creio que um cachorro trabalhando no plano para pôr as coisas no eixo da minha vida, me diga respeito.
- Dirige. O gps já está programado. - ligou o rádio.
A mulher cruzou as pernas no banco. Colocou o cinto e se acomodou. Parecia confortável demais para alguém que estava sentada lado a lado com um assassino, assassino esse que ela sequer conhecia bem. Five estava inquieto. Leta tinha a sensação que se o moreno pudesse, iria acabar batendo o carro. Algo estava lhe tirando do sério.
- Por que está fazendo isso? Pelo seu irmão? - cortou o silêncio.
- Sou uma ótima pessoa. - o olhou.
- Ótimas pessoas não precisam assassinar para viver. - rebateu.
- Se inclua na lista. - voltou a olhar para a estrada.
- Nunca disse que era um homem decente. - deu de ombros. - Não está fazendo isso de graça. Isso não vai funcionar enquanto não me contar a verdade sobre o porquê de estar me ajudando. Ou pelo menos fingindo tal.
- Homem? Sério? - Leta riu. - Qual é vovô. O corpo de homem jovem não te dá bandeira verde pra se intitular homem. - olhou para ele. - E a propósito, não fingiria te ajudar. Se te quisesse morto, você estaria. Obviamente tenho meus interesses, mas eles não vêm ao caso. Não convêm que você saiba.
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𝑻𝒉𝒆 𝑯𝒐𝒕𝒆𝒍 𝑶𝒃𝒍𝒊𝒗𝒊𝒐𝒏
Fanfiction𝐴 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑛𝑢𝑛𝑐𝑎 𝑒́ 𝑓𝑎́𝑐𝑖𝑙, 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑎𝑖𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑖𝑐̧𝑜̃𝑒𝑠. 𝑇𝑒𝑟 𝑠𝑒𝑢 𝑝𝑎𝑖 𝑐𝑜𝑚 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎 𝑓𝑎𝑚𝑖́𝑙𝑖𝑎, 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑣𝑜𝑐𝑒̂ 𝑒 𝑠𝑒𝑢𝑠 𝑖𝑟𝑚𝑎̃𝑜𝑠, 𝑛𝑎̃...