𝑽𝑰𝑰 - 𝑭𝒓𝒆𝒆 𝑫𝒐𝒏𝒖𝒕𝒔

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Amanheceu de forma chuvosa

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Amanheceu de forma chuvosa. As gotas escorriam quase em uma corrida pela janela. O vento era fresco, deixando os irmãos mais confortáveis nas roupas pretas. A igreja pequena não tinha muitas pessoas. Alguns agentes da comissão, em respeito a notória importância de Margaret – mãe adotiva de Leta, dentro do local. Leta quisera ir sozinha até lá, o que deixava Five encucado com a hipótese de que ela fugiria.

— E por que estamos aqui? – Luther perguntou.

— Apoio. Somos um time. – Five arrumou a roupa.

— Não fizemos isso nem no enterro do nosso pai. – olhou para o moreno. – Não deveria estar fazendo tanta questão disso.

Five o ignorou, observando o movimento de todos que entravam e saiam constantemente da igreja. Alguns agentes deixavam coisas no caixão e saíam, outros, se acomodavam nos bancos de madeira.

— Ela vem mesmo? – Luther perguntou a Five, que arrumar incessantemente a gravata, sentado na ponta do banco.

— É óbvio que vem. Só precisa de mais tempo, ok? Olha ela ali. – apontou para a mulher que acabara de entrar.

Leta ainda que tivesse cabelos curtos, prendera com algum tipo de grampo a parte mais cheia de seu cabelo para que não caísse nos olhos. Usava o mesmo coturno preto de sempre, meias-calças finas com alguns pontos pretos pequenos.

Pela primeira vez, estava de vestido. Também preto na metade das coxas. No meio do trajeto até o púlpito, tirou o sobretudo que usava, deixando nas mãos de Five. Levantou os óculos escuros que usava, apoiando-os na cabeça. Se você já perdeu alguém importante, conhece bem a sensação que invadia o peito de Leta.

— Antecipadamente gostaria de agradecer a presença de cada um de vocês, membros da comissão. Margaret não gostava de muitas coisas. Mas ia gostar que viessem, principalmente depois que Petrus se foi. – engoliu em seco. – Por falar nele, hoje, eles fariam aniversário de casamento. Obviamente me lembro disso porque juntavam as festas, a de aniversário dela com a de casamento. Vocês devem se lembrar. O pátio da comissão ficava cheio e todos bebiam o quanto queriam. – sorriu de lado. – Pensar em Petrus me faz lembrar de uma vez em que ele foi me buscar na comissão depois de um treino. Devia ter 8 anos. – deu de ombros.

— Five. – Klaus cochichou.

— Que é?! – não olhou para o irmão.

— Quem é Margaret? – perguntou.

Five o ignorou, mantendo a concentração no que Leta falava. Cumpriria sua promessa de estar lá. Não pensava ser muito educado de sua parte, estar de bochicho com os irmãos durante um momento de dificuldade como esse.

— Eu me lembro de acenar como uma louca para ele quando estacionou. Estava de péssimo humor. – continuou. – Creio que toda a matança não a fazia bem. Petrus disse que ela havia saído com as amigas e voltado pra casa cheia de maluquices. Disse que saiu do escritório onde, como antigo gerente – antes de vocês sabem quem, resolvia assuntos pendentes da comissão e Margaret não havia feito o almoço. – riu-se. – E além de não ter feito o almoço, ela estava trancada no quarto chorando alto. – Leta umedeceu os lábios.

𝑻𝒉𝒆 𝑯𝒐𝒕𝒆𝒍 𝑶𝒃𝒍𝒊𝒗𝒊𝒐𝒏Onde histórias criam vida. Descubra agora