Arrastei Yori para trás, a cada passo eu me sentia melhor. Cada passo parecia demorar muito mais do que deveria, este idiota havia engordado? Sou o único que toma cuidado por aqui.
– Como você está? – Perguntei.
– Poderia estar melhor... onde exatamente estamos? – Yori perguntou com uma cara de nabo murcho.
– Provavelmente dentro da mente ou de um sonho dela, mas isto nunca aconteceu sem estarmos no mesmo lugar... consegue ficar de pé?
– Claro. E agora? Ao contrário da outra vez simplesmente fugir se afastando não parece uma boa ideia – disse Yori.
– Yori... você tomou o chá?
– Sim ... tomei um gole e ai joguei o resto fora. – Ele respondeu.
– Gênio... Se estamos mesmo dentro da mente dela, então estas são as regras dela, pelo que aprendi sempre são distorcidas comparando a realidade, 'Talvez nos afastarmos seja uma escolha razoável, mas pelo efeito acho melhor não arriscar então' vamos voltar.
– Voltar? Você tá doido?
– Se nos afastarmos da uma reação dessas, talvez ficarmos próximos seja a melhor escolha a menos que tenha uma ideia melhor, só precisamos ser discretos.
– E se ela nos pegar? Se morrermos aqui não há garantia que vamos acordar!
– Abaixe a voz Yori, o Vigia nunca corta totalmente o elo mental, mesmo que esteja cansado. Cedo ou tarde ela acorda ou ele percebe que há algo errado e nos ajuda.
____Kaya____
Andando na grama, o sol brilha, várias árvores, acho que elas tem frutas, não eu sei que tem. Grama macia, meio úmida e vento, não... uma raposa andando no ar, não consigo pensar direito, mas deve ser por causa do que Chiizu falou.
– Olá – falei olhando para ela, ou ele não sei ao certo. Engraçado como sua forma é translúcida, parece emitir alguma luz, então é assim que eu imagino Kitsuh – Estaria maravilhada se não fosse um sonho.
– Sim, um sonho – Respondeu a raposa sem realmente falar, mas consigo entender, parecia estar sorrindo – então durma criança, deixe que eu guie seus sonhos e apenas aproveite.
– Não entendo 'minha consciência está estranha' – onde? 'estou'.
– Está onde quer, apenas se deixe levar, venha – disse se virando e andando para longe.
Parece que passou algum tempo, muito tempo na verdade, uma música sussurrada me vem a mente, quase como se estivesse em todo lugar, e fosse tão palpável que eu a pudesse pegar no ar, me sinto.. feliz... quando comecei a cantarolar?
Esta é minha casa, casa? Sim casa, lar já estive aqui antes? Sim, claro que s sim, a música... como? Eu moro aqui como nunca teria estado?
Há uma porta, tenho de ir lá mas não agora, estou esperando algo, mas o que? Não importa, apenas espero ah, já posso entrar.
____Yori____
Aquilo foi terrível, a sensação que tive enquanto James me arrastava, parecia que minhas entranhas começaram a se liquefazer, assim como meu senso de orientação. Eu não conseguia pensar direito.
– Você poderia tomar mais cuidado quando está arrastando alguém – retruquei, sei que eu tinha de ser arrastado, mas pelo tornozelo?!
– Pense antes de fazer as coisas ou melhor, não fazer então isto não teria acontecido – retrucou James olhando para a porta, estávamos ao lado dela do lado de fora.
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O Viajante livro 1: Folhas e névoa
Random"E se nós" três palavras, duas dependendo de como se escreve, muitas possibilidades. E se nós nos perdêssemos? E se fossemos parar em outro lugar? E se tudo o que conhecemos, na verdade estava errado ou incompleto? Nem tudo é o que parece, se prepa...