"porra, katherine" - Chris grita para ela.
Katherine é recem formada e arruma o emprego dos sonhos, em um portal de notícias glamuroso de Los Angeles. Mas ela mal esperava que mudar para a cidade dos anjos, a faria lidar com seu primeiro amor, Sebas...
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Katherine planejava ficar mais na casa dos pais. Mas ela não conseguia se concentrar depois de ter ficado tanto tempo sozinha em um apartamento. E ela sentia a mãe a observando o tempo todo, deixando ainda mais alucinada. Eles achavam que ela tinha voltado por causa das férias e que estava diferente por causa do término. Eles jamais imaginariam a palavra aborto e demissão vindo de Katherine nesse momento.
O único ponto bom de New Jersey eram visitas de Luke, já que Katherine se recusava sair de casa. Porém, com o tempo ela foi se sentindo uma adulta presa na infância. A casa era a mesma que vivia quando pequena, os pais dela a tratavam como criança em alguns momentos. Ela se sentia sufocada.
Por isso na segunda semana ela decidiu ir para Irlanda, com a passagem de que tinha ganho dos pais no Natal. Somente lá ela conseguiu se desligar das redes sociais, de Chris, de trabalho e conseguiu focar nela mesma.
Na primeira semana na Irlanda ela estava ajudando a avó, buscando os primos na escola, ajudando no jardim.
-Você sabe Katherine... Te vi tão feliz pela primeira vez porque estava apaixonada e agora tão triste e diferente por causa disso. -falou a avô dela preparando uma sopa.
-E o que quer dizer?
A garota dobrava guardanapo de papel de qualquer forma para passar o tempo enquanto seus primos tomavam banho para jantar.
-Bom. Deus sabe das coisas. Se Ele estivesse em primeiro lugar no seu coração, seria mais fácil. Afinal, era um namoro. Te vi muito apaixonada, mas você tem que confiar Nele.
Katherine da uma risada pelo nariz e abre um sorriso. Ela só fez isso porque a avó dela estava de costas, mas não faria na frente dela. As palavras religiosas da avó não causavam tanto impacto nela no momento, e na verdade, nunca causou.
-Você devia ir ao grupo da Igreja. Se ocupar com algo.
-Eu preciso me ocupar com algo. Mas não queria participar de grupo da Igreja por agora.
-Então, porque não escreve? Você me mandava cartas tão lindas. E depois e-mails. Até que parou.
Era mais um que dizia para ela escrever. Na segunda semana dela, ela fez o que a avó e Luke disseram. Começou a escrever. Ela achou que ia falar dos sentimentos, que ia guardar para ela mesma como algo libertador. Mas percebeu que o texto, que passou cinco horas escrevendo, era para alguém.
Era o alguém que por meses foi o maior cuidador, amigo, companheiro de todos, e agora não fazia ideia da fase que ela estava passando. Bom, Chris Evans não era citado no texto. Mas ela viu que parecia um desabafo. Algo que ela devia ter feito há 3 semanas atrás quando descobriu tudo.
-Isso é para você. -Meryl entregou uma caixa para a garota.
Katherine abriu. Era um cachecol listrado que Samantha tinha enviado com uma cartinha "Na Irlanda é frio. Se proteja. Beijos quentes do sol da Califórnia." A noite ela sempre ajudava a avó no jantar, estava começando a aprender mais. Sua prima era ainda mais engajada na hora de cozinhar.
