Capítulo 4.5 - Naquela noite

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" Quando eu assumi o controle pude ver o porque Philip me deixou sair, nem aquele nerd certinho deixaria algo assim acontecer.
- Mas o quê? - o homem gordo falou surpreso ao me ver, mas logo apontou a arma na minha direção - bom não importa, ouça é melhor não bancar o herói, sai daqui Philip isso não tem nada haver com você, não quero ter que meter uma bala na sua cabeça também.
- E se eu não quiser - sorri, aquele cara provavelmente tinha bebido algumas dava para ver pela sua voz.
- Já disse para ir embora  caralho - ele gritou de volta alterado.
- Vamos lá não está com medo de um moleque está? - disse atraindo sua atenção, o homem  virou seu corpo totalmente em minha direção dando a oportunidade perfeita - Frey!
A garota pulou nas costas do diretor fazendo o mesmo cair no chão e derrubar sua pistola.
- Sua puta desgraçada - ele disse se virando e agarrando ela pelo pescoço - você morre aqui não importa de que forma.
Peguei a arma do chão e em questão de segundos apontei na direção dele e dei o tiro certeiro. A garota saiu de baixo do diretor agora morto respirando com dificuldade.
- Harry - Pedro me chamou atrás de mim com a voz baixa - você...
- Sem tempo para drama agora- eu o cortei e olhei para a garota- cadê a sua namorada?
- Ela disse que ia pegar um estileite com a professora de matemática - ela respondeu se recompondo.
- Merda! - grunhi - aquele filho da puta do meu irmão está com ela.
- O quê? Por que? - ela perguntou sem entender nada.
- Ele mencionou fazer algo com essa professora mais cedo, segura isso - eu dei a pistola na mão dela - pode ser que seja só coisa da minha cabeça mas eu tenho um péssimo pressentimento sobre isso.
Frey se levantou rapidamente e apontou para cima.
- Lá em cima, eles estão lá em cima - ela disse em um fôlego só sem questionar minhas palavras.
Todos concordamos com a cabeça, fomos o mais rápido possível para lá e tomando cuidado para não fazer nenhum barulho, quando chegamos perto da sala conseguimos ouvir a voz abafada dela.
- Eu ouvi o som de tiro - ela disse dizia com a voz embargada pelo choro.
- Cala a boca - ele disse e se ouviu o som de um tapa senso desferido.
Frey ao meu lado rangeu os dentes e entrou na sala, sua expressão era demoníaca.
- Seu desgraçado - ela gritou e atirou, depois atirou de novo, e de novo, e depois mais uma vez.
Pedro e eu entramos na sala quando ela terminou, ela ainda apertava o gatilho mesmo sem ter mais balas, lágrimas escorriam pela sua bochecha.
- Filho da puta desgraçado - ela disse soluçando.
A namorada dela se desvencilhou do corpo do meu irmão, Frey correu e se lançou contra ela chorando descontroladamente.
- Me diz por favor que ele não fez nada com você, por favor me diz - Frey suplicou para a namorada que estava em seus braços.
- Ele não conseguiu, você chegou a tempo meu amor - a loira respondeu com a voz embargada - você me salvou!
- Nossa estou tão aliviada - a morena finalmente soltou o ar que estava segurando.
- Nossa ela esburacou ele - eu disse para Pedro que estava a ponto de vomitar ao meu lado.
- Argh não quero nem olhar - ele disse enojado.
- Você quem sabe então.
- Como você faz isso? - ele perguntou se virando para olhar nos meus olhos.
- Isso o que?
- Olhar sem querer vomitar ou ter medo.
- Tenho experiência, isso não me assusta mais - eu disse sorrindo."

- Senhor Joshuan seu cliente está o esperando - a moça me avisou.
- Ok, o avise que já vou - o homem falou com seus olhos presos no quadro do seu casamento com Pedro em cima da mesa e sussurrou para si mesmo depois que ela saiu da sala - e pensar que eu me tornaria um advogado depois de tudo, que patético.

Eu confessoOnde histórias criam vida. Descubra agora