Estava deitado no sofá de meu consultório com o celular em mãos. Para falar a verdade lia e relia a conversa entre eu e Victoria. Como sentia saudade dela e de tudo que havíamos construído durante aquele tempo.
Quando menos esperei vi no canto da conversa uma notificação. Imediatamente um sorriso brotou em meus lábios e deslizei toda a extensão da conversa lendo a sua mensagem.
📲 Nem brinca com isso, como poderei te amar dá forma que desejo se estiver machucada? 🥺
Eu não esqueci da minha paciente favorita, estou com saudade... Estava agora mesmo lendo as nossas conversas... quero tanto te ver... beijar... conversar... mas fiquei com medo de falar com você e causar problemas
***
📲 Também estou com saudades Dr... estou precisando dos seus cuidados... poderíamos nos ver?... preciso de seu abraço... do seu carinho... do seu calor... 🥺
Poderia vir?
Quando li sua mensagem senti meu coração se apertar e imediatamente me sentei no sofá, colocando os meus sapatos.
📲 Onde? Estou indo agora, só preciso que me envie o endereço.
Levantei do sofá, peguei as chaves de meu carro e a carteira.
Li a sua resposta e deixei as lágrimas presas saírem.
📲 Estou mandando... te espero...
Enviei e a mensagem e logo a localização. Levantei para tentar ajeitar um pouco ali como eu gostava.
Assim que meu celular vibrou saí dali. Falei com umas das enfermeiras que estavam de plantão, para me avisar se houvesse alguma emergência e saí feito flecha. Pouco tempo depois cheguei no prédio, tive a minha passagem liberada e subi. Assim que cheguei na porta toquei a campainha e esperei por ela.
Tive tempo de tomar um banho e ajeitar melhor o curativo de minha mão. Quando estava terminando de ajeitar os meus cabelos ouvi a campainha tocar, peguei a camisola que estava sobre a cama e vestir sem por nada por baixo, não daria tempo. Quando cheguei a porta abri devagar, após ver que era ele pelo olho mágico e quando estava em sua frente só quis sentir o seu abraço.
A porta se abriu e tudo que eu mais desejei foi lhe abraçar. Aproximei meu corpo do seu e lhe acolhi bem ali, sentindo as suas lágrimas se unirem ao tecido de minha farda. Com cuidado entrei no apartamento, sem tirar ela de meus braços e fechei a porta com o pé.
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Heriberto: Estou aqui Vicky... quer conversar? O quê aconteceu com a sua mão? - questionei lhe acariciando com amor.
Me agarrei a ele como se fosse a minha razão para viver e deixei tudo sair. Quando vi estávamos no sofá, abraçados.
