Olho pra yoongi que estava na sua janela me olhando, ergo meu dedo do meio para ele que riu e puxou sua cortina.
Abusado!
Tomei um banho e fui fazer algumas atividades do colégio, depois que acabei fui comer alguma coisa. Tinha começado a chover novamente, subo com minha tigela de cereal e leite. Me deito na cama e ligo a tv. - Por puro impulso olho pra janela e vejo que a cortina estava estirada e o quarto estava escuro. Logo a porta se abriu e nossos olhares se encontraram-se.
—Tá olhando meu quarto, é? - ele diz e se aproxima da janela.
— Eu tenho mais oque fazer, ki-suco. - ele riu e passou a toalha nos cabelos. Então percebi que eles estavam molhados e loiros, ou descolorido. — Qual a cor da vez? - me aproximo da janela.
—Não sei, têm alguma ideia? - ele pergunta. Ele estava de regata então logo vestiu um de seus casacos pretos.
— Limão. - falo.
— Boa.- fico em silêncio. Ele se levanta e sai pela porta novamente, então volto minha atenção até a tv e meu lanche.
Um tempo se passou e yoongi não apareceu mais, fiquei assistindo um filme e escuto o barulho de carro. - Cristal, chegou!
— Mãe!!!! - berro quando ouço a porta da sala bater.
—Oi! - ouço a voz dela. Desligo a tv e saio do quarto com minha tigela na mão. Desço as escadas pulandos os degraus. — Um dia você vai, se machucar fazendo isso!
— Relaxa mãe, no mínimo uma perna quebrada. - falo e vou pra cozinha onde deixo a tigela na pia. — Almoçei hoje com ki-suco em uma lanchonete... - me sento no mármore.
— Pensei que já tinha falado sobre esses apelidos! - adverte.
— Desculpa, mas ele não liga mãe.
— Já perguntou isso a ele? Mas, então fico feliz que estejam se entendendo. - falo.
— Err, eu não diria bem isso. Estamos apenas se suportando. - dou de ombros balanços meus pés cobertos pelas meias coloridas. Olho minha calça cinza com alguns desenhos, folgadinha. Melhor coisa pra se vestir.
— Você fala como se vocês não se dessem bem. - diz.
— Mas é verdade, mãe. Estamos conversando agora, seilá por que eu me aproximo dele. - olho pra janela. Lá fora tinha algumas crianças brincando na neve.
— Tenha paciência, ele sempre foi assim desde pequeno. Quer dizer, assim a falecida disse-me uma vez...
— Sobre ela... Ele faz parece que não dói né? Nunca fala dela, eu nem sequer o vi chora. - e quando falo isso, estou sendo verdadeira. Nem mesmo no velório vi nenhuma lágrima descer pelo rosto pálido dele.
— Ele é fechado. Aposto que deve ter desmoronado quando chegou em casa. - diz minha mãe. — Não fique o abusando, com esse assunto Mia.
— Não vou mãe, sério. - desço do mármore.
— Já que estávamos falando dele, vá chamá-lo pra jantar com nosco hoje.
— Tá, eu vou mandar uma mensagem. - digo.
— Hum, hum... Vá na casa dele, chamá-lo. Sem internet. - diz. Bufo, reviro os olhos e vou pra sala. Enfio meus pés nas galochas amarelas da minha mãe e visto seu sobretudo. Saio. Vou até a casa dele, deixando uma trilha atrás de mim na neve. Subo as escadinha da varanda e bato na porta. Ouço a tranca ranger e logo a porta se abriu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Garoto ki-suco - Min Yoongi
Historical FictionYoongi o menino desajeitado com um apelido um tanto peculiar, acaba perdendo a mãe em um assassinato cometido pelo pai. Depois de tal crueldade, o garoto passa a ficar sobe os cuidados da vizinha, mesmo não se dando bem com a filha da tal, com um te...