Garoto ki-suco - Min Yoongi

Acidente.

Mia Anderson

Óregon - Portland 9:00 AM

Algumas semanas depois...

— Ai! - berro puxando minha perna de volta. — Ta doendo, mãe... - falo manhosa. Ok, vou explicar oque aconteceu, eu profetizei a minha desgraça naquele dia falando que iria quebra a perna descendo as escadas. Não, eu não quebrei apenas torci o tornozelo que ta fazendo cosplay de laranja de tão inchado que tá.

— Mia! Calma, você acabou de tomar os analgésico. Repouse. - diz ela. Bufo e jogo a cabeça pra trás. Fazem três semanas que não falo com yoongi ou tenho qualquer contato com ele, nem vamos mais a escola juntos, ou no carro da mamãe. A janela vive trancada, igual eu aqui dentro dessa casa.

— Pronto mãe, a cadeira já foi estalada. - diz meu irmão entrando no quarto. Eles colocaram uma cadeira rolante pra me levar lá pra baixo, enquanto isso fico de cadeira de roda aqui em cima. Até que esta sendo bom, não fazer nada nem ir a escola. — E você, quando melhora faça o favor de descer as escadas como uma pessoa normal. - repreende meu irmão. Fico em silêncio e eles saem do meu quarto. Olho pra minha perna e vejo aquela bota azul ridícula. As unhas dos meus pés estavam pintadas de um azul escuro.

— Que tédio. - suspiro. As vezes tenho saudades de ficar conversando com yoongi, ou do nosso silêncio. Passa as tardes em casa sem fazer nada é uma merda. — Mãe! - grito e logo minha mãe aparece ofegante.

— Oque aconteceu? - tadinha ela subiu as escadas correndo.

— Pode abria janela pra mim, por favor? - peço. Ela respira fundo e abre a janela. Vejo que a janela do yoongi estava aberta porém o quarto estava vazio. — Obrigado. - ela saiu do quarto. Com a perna imóvel e sem absolutamente nada pra fazer pego um livro que estava na cabeceira da minha cama. Fiquei lendo por um tempo até que olho pra janela e lá estava ele.

Sorri fraco e envergonhada. Ele olha pra minha perna e franzi a testa.

— Acidentes acontecem. - Falo. Ele se aproxima da janela.

— Ah, sim. Na escada? - ele debruça os braços na janela. Afirmo. — E quebrou ou torceu?

— Torceu. - deixo o livro de lado. — Isso foi a alguns dias atrás. Ah, ta sendo bom e ao mesmo tempo não. O lado bom é que fico em casa sem fazer nada, e a parte ruim é que não faço nada o dia inteiro e fico com a bunda dormente! - Ele riu.

— Tá de cadeira de rodas? - Ele pergunta e afirmo. — Que dá uma, volta então? - mordo os lábios. Não sei se devo, não eu não esqueci oque sinto por ele durante essas semanas. E também acho que não vou esquecer assim, e também acho que me afastar dele não vai ajudar em nada. Então...

— Já é. - sorrimos. Ele sai da janela e fecha a mesma. — Mãe? - a chamo quando vejo a mesma passa no corredor. Ela volta com um sorriso ladino. — Pode me ajuda a levantar? vou sair com o yoongi. - falo.

— Vão sair? - ela diz me ajudando a levantar com cuidado. — Mas, você tá de pijama e não é muito bom ficar fazendo movimentos assim.

— Vou de pijama mesmo, afinal ninguém vai me zoar uma cadeirante. - me levanto. Eu estava com um shortinho azul claro e um blusa da mesma cor com listra, meu cabelo estava em um coque e minha pele até que boa. Ela me guia até a cadeira rolante. Começo a rir quando aquele coisa começa a descer comigo. — A geringonça de vocês, funciona mesmo hein. - falo ao chega na sala. Do lado da cadeira rolante, estava a minha cadeira de rodas. Vou para ela e minha mãe coloca um coberto fininho nas minhas pernas.