Capítulo 3

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Tyler

O lugar era igual a Sede dos Fantasmas. Tirando a ausência de pessoas e a baixa iluminação.

–Onde é que a gente tá?

–Onde que seu irmão tá?–Dara perguntou de volta.

Ava olhou para nós e começou a andar, na esperança de irmos com ela.

"Façam silêncio." A voz de Ava ecoou em minha mente "Deve ter gente aqui"

Entramos em todas as salas que lembravam o que conhecíamos da Sede dos Fantasmas, e nenhuma era o que esperávamos.

Os quartos eram salas com macas, as salas de reunião pareciam prisões. Era como se não estivesse na Sede. Na realidade, não estávamos.

O único lugar que era igual era o refeitório, do qual fui afastado por Ava e Dara.

–Acho que Spencer não está aqui– Disse decepcionado.

–Sinto muito, Ty...– Ava me abraçou.

–Gente...– Dara disse de algum canto.

–Vamos achar ele...

–Gente.

–...nem que viremos o país de ponta cabeça...

–Gente!– Dandara apareceu na nossa frente, ganhando nossa atenção– Acho que vocês precisam ver isso...

Ela nos levou até uma janela que dava de frente a uma máquina estranha.

Tinha três cápsulas de vidro, que cabiam seres humanos, ligados a fios e tubos vermelhos e azuis.

E lá estava ela. A Adaga. Em um painel no meio de tudo.

–Ele está aqui.– Disse ao ver A Adaga.– Temos que achar ele.

–Temos que pegar A Adaga.– Dara me contrariou

–O que? Isso não é importante.

–Essa Adaga tem nos dado dor de cabeça a um ano. Acho que é importante sim.

–Por que tem três cápsulas?– Ava perguntou mas nós não prestamos atenção.

–Spencer está por aí e você pensa na Adaga?

–É, Tyler! Eu penso na Adaga. Sinto muito se minha atitude é sensata.

–Exatamente três...– Ava continuou falando

Dara e eu começamos a falar juntos. Estávamos brigado de novo.

–É uma armadilha– Ava murmurou– Temos que sair daqui!

A garota pegou nossas mãos e nos arrastou para fora.

–O que?

–As três cápsulas são para gente. O lugar se parecer com a Sede é para a gente pensar que conhecemos aqui. Aposto que o informante nos deu esse lugar de propósito.

Ava nos guiou pelos corredores, ainda segurando nossas mãos.

Viramos um corredor dando de cara com uma parede cinza.

–Essa parede não estava aqui.

–Eu também não!– Disse alguém, nos fazendo virar.

Lá estava ele. Com seus cabelos escuros e olhos em chamas. Meu irmão, agora um desconhecido.

–Assustados?

–O que você quer?– Questionei tomando a frente.

–Não posso querer passar um tempo com meu irmão e as amigas dele?– Perguntou com sarcasmo

Last Chance- Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora