Last Chance- Livro 3

Capítulo 10

Ava

Isaach parecia demorar uma eternidade para achar aquele conversor.

Eu já estava a quase uma hora de guarda naquele corredor, quando ouvi vozes no corredor.

-A Kylie disse que não sabia quem era...

-Deve ser os filhos de alguém. Nessa idade eu também queria ficar longe dos meus pais para fazer essas coisas...

Por algum tipo de intuição, eu sabia que estavam falando de Ty e Dara. Se eles tivessem sido pegos, o plano já era.

Entrei na sala de tesouros antes que alguém me notasse.

-Isaach!-Sussurrei- Merda! Cadê você?

-Eu estou aqui!- Ele disse do fundo da sala- Mas você não deveria

-Eu estou...Uau!

Eu não tinha reparado como aquele lugar era bonito.

Imagine a sala de tesouros de Odin. Agora imagine ela versão Wakanda.

Estou passando tempo demais com Dandara.

-Ava?- Isaach me chamou, me fazendo chacoalhar a cabeça.

-Precisamos ir rápido. Tem uns caras lá fora falando de "filhos de alguém" e eu acho que é a sua.

-Eu iria mais rápido, mas não consigo achar o Conversor.- Disse ele procurando alguma coisa no computador.

-Como não? Você não é o chefe de tudo isso?

-Sou! Mas eu não sou responsável por catalogar nossos tesouros.- Ele descia a tela, cheia de nomes aleatórios.

-Já pensou em procurar em C?

-Não está em ordem alfabética.

-E que tal em: Arma capaz de nos matar, extremo perigo.

-É um nome muito grande para um categoria, não acha?- Incrível como as pessoas conseguem ser irônicas em momentos de crise.

De repente, ouvimos o barulho da porta se abrir.

Isaach me lançou um olhar, como se eu lesse mentes. Ah! Que saudades.

-Me dê uma arma que eu resolvo.

Ele concordou e pesquisou alguma coisa no computador. Logo, um bracelete prata apareceu em um dos pedestais ao meu lado

-Um bracelete?!

-Coloca e aperta no meio.

Coloquei o bracelete, que ficava muito bem em mim, e apertei o botão.

O metal começou a crescer em direção a minha mão, se transformando em uma katana.

-Fala sério...-Fiquei alguns segundos em choque, mas Isaach me mandou ir.

Fui cuidadosamente em direção de quem abriu a porta, percebendo que não era apenas uma pessoa, mas duas.

Quem quer que seja, não podia saber quem estava ali, pelo menos não até o fim da festa.