Capítulo 11

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Dandara

Ty e eu andávamos em silêncio pelos corredores, indo em direção a sala de armas.

Entramos na sala e começamos a pegar alguma armas, mas o silêncio entre nós dois doía mais que uma ferida causada por qualquer um dos equipamentos ali.

Porque eu tinha que beijar ele? Tudo seria melhor se eu simplesmente desse um tapa no meio da cara dele.

–Dandara...–Sua voz ecoou na sala e me fez estremecer.– Eu queria te dizer uma coisa...

–Se for sobre o beijo, eu acho que a gente devia...

–Não! Não é sobre o beijo! E sobre o Jay.– Ty se aproximou– Sabe quando ele apareceu com o olho roxo e...

–Você socou ele.– Conclui já sabendo.

–O que? Como você sabe disso? Eu pedi para a Ava...

–A Ava não me contou. Eu só sei.

–Você leu a minha mente?

–Não, eu... Sabia disso bem antes de tudo isso. As pessoas não aparecem de olho roxo do nada.– Ty concordou– Eu só queria saber por que fez isso?

–Eu acho melhor você não saber.

–E eu acho melhor você me contar– Disse num tom um pouco ameaçador.

–Ele falou coisas horríveis sobre você– Ele olhou para o lado, evitando me olhar– Eu não te contei antes porque...

–Eu nunca te odiaria, Ty– Eu li a mente dele, mas só dessa vez– E eu fico feliz que você tenha me defendido quando eu não estava.

–Você teria feito o mesmo por mim.

–É, mas... Eu nunca soquei a cara da sua ex namorada.

–É que você não teve a oportunidade.– Ty sorriu e e concordei pegando um arco

Pegamos tudo que precisávamos e eu me virei para sair dali.

–Dara.– Ty disse com os olhos meio fechados– Eu tenho mais uma coisa para te falar.

–Você esta me falando muitas coisas hoje. Você está bem?

–Eu estou, é que... Eu quero te falar isso a algum tempo. Desde o dia da fogueira, na real...– Ty estava falando muito de novo– Mas ai a gente precisava achar Spencer, e você começou a sair com Jay e depois a gente quase morreu...

–Ty!

–O que eu quero dizer é que eu gosto de... Scarlett?– Ele olhou para a porta.

–O que?– Franzi minha testa e me virei.

–Sentiram minha falta?– A garota sorriu

Seu cabelo estava mais longo que antes, seu sorriso do mal ainda era o mesmo. Mas ao invés de segurar uma vassoura, como uma bruxa, ela estava com o Conversor.

–Foi você...

–Gostou?– Ela rodou a arma nos dedos– Eu peguei uma lembrancinha na minha estadia aqui.

Last Chance- Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora