Capítulo 8

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Chegamos ao fim de mais uma história. Muito obrigada a todos que acompanharam e interagiram aqui!!!
Espero que gostem do capítulo final.
Boa leitura e FELIZ NATL!!


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Por que é que ela só recuperava a sanidade quando estava longe de Draco?!

Ele aparecia com as ideias mais absurdas do mundo, e ao invés de negar, como uma pessoa racional, ela aceitava! Ele devia ter colocado algum feitiço nela. Era para aquilo ter terminado no segundo em que a porta da Sala Precisa desapareceu. Mas, não! Ela ia se encontrar com Draco de novo. E na Sonserina, de todos os lugares! Se isso não era prova de que seu cérebro desligava quando estava perto dele, ela não sabia o que era.

Tomou o caminho para as masmorras, seguindo as orientações de Draco, enquanto sua mente gritava que não devia estar ali. Achou a estátua que marcava o ponto de encontro e não teve que aguardar, pois Draco já estava lá para os conduzir até uma parede úmida, aparentemente sem importância. Uma senha foi murmurada e a porta escondida apareceu.

Hermione tinha lido que a Sala Comunal da Sonserina ficava logo abaixo do Lago Negro, mas não sabia que isso fazia a luz no cômodo parecer verde. Também era bem mais frio que a Grifinória. Fora isso era mais ou menos a mesma configuração: lareira, sofás e cadeiras espalhados por toda parte.

— Então? O que achou?

— A Grifinória é muito melhor.

— Em seus sonhos, Granger – Draco falou divertido e Hermione o seguiu até o dormitório.

Os móveis dos quartos também eram bem parecidos, com exceção das roupas de cama, é claro. Hermione não sabia se se sentia mais desconfortável sentando sob um lençol da Sonserina, ou por estar sentada na cama onde Draco dormia.

Usando a varinha ela começou a dobrar e flutuar as camisas de Draco para sua mala, enquanto ele cuidava da coruja e do material escolar.

— Como vai embora com essa nevasca? – Hermione perguntou. – Pensei que ninguém conseguia sair.

— Vou usar Pó de Flu, na lareira Sonserina.

— Mas é proibido!

— O nome Malfoy ainda tem alguma influência, meu pai acertou tudo com Dumbledore. Vai ser liberado apenas uma viagem, exatamente as 5 horas.

O empacotamento das coisas de Draco continuou, como toda vez que eles se encontravam, de maneira divertida e tranquila. Ele lhe contou curiosidades do lugar e alguns momentos engraçados que passou com os colegas ali. Com ajuda das varinhas, toda bagagem foi levitada e trazida para a Sala Comunal.

E de repente, como se o fim de sua jornada os tivesse alcançado, o clima ficou pesado. Os bruxos ficaram sentados e calados, sendo corroídos pela promessa de um adeus definitivo.

Sua trégua chegara ao fim.

A ideia estava ficando insuportável demais para Hermione aguentar, até Draco levantar num salto e pegar um presente de cima do apoio da lareira e esticar para ela.

— Feliz Natal, Granger.

— Draco! – ela falou segurando o pacote com cuidado. – Não precisava me dar nada, eu falei que meu presente foi de segunda mão.

— Só pode abrir amanhã, está bem?

Hermione assentiu e colocou o embrulho ao seu lado no sofá. Draco permanecia em pé e sem poder suportar mais, a bruxa levantou e começou a falar, mesmo que isso fosse fazer com que brigassem de novo.

A Trégua: Um conto DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora