Sonserino Metido

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— Draco Lucius Malfoy! — Gritou Blaise, assim que abriu as cortinas da sua cama e deparou-se com uma gatinha mal-humorada o encarando.

Draco, em sua própria cama, fechou os olhos fortemente e aguardou o sermão.

— O que significa isso? — Abriu as cortinas do loiro, apontando na direção da gata. — O que esse bicho está fazendo na minha cama?

Lyra, sentindo-se ofendida, mostrou as garrinhas e sibilou.

— E ainda por cima é selvagem! — Exclamou o garoto, abismado. — Trate de tirar esse animal daqui agora mesmo.

Draco abriu a boca em indignação, levantando-se e colocando-se na frente do moreno.

— Retire absolutamente o que você disse, Zabini! — Draco apontou a varinha para o peito forte do outro. — Ela não é um animal selvagem, é minha princesa. E se você não quiser ser enfeitiçado agora mesmo, sugiro que peça desculpas imediatamente! — O loiro mandou, agora com bochechas vermelhas de raiva.

— Com licença? — Blaise piscou, não acreditando nas palavras que seus ouvidos captaram. — Tem uma intrusa na minha cama e o errado sou eu?

— Sim! — Draco falou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. — E essa cama não é mais sua, como você pode ver. É dela. — Definiu.

— Isso é um absurdo! Eu vou pegar a minha cama de volta, quer você queira ou não.

— Bem, eu gostaria de vê-lo tentar. — Draco desafiou, já erguendo a varinha.

Théo, que entrou no dormitório de repente com sua bagagem, correu até os dois garotos e se colocou entre eles.

— O que está acontecendo aqui?

Lyra, enquanto isso, observava a confusão despreocupadamente.

— Zabini ofendeu a Lyra, a chamou de selvagem e agora quer tira-la da cama dela! — Draco explicou, parcialmente.

— Da cama dela? — Exaltou-se em alto som. — Essa cama é minha!

— Eu não estou te vendo dormindo lá. — Retrucou o loiro infantilmente.

— Já chega! Vocês dois. — Théo gritou. — Vamos por partes: Zabini, você realmente ofendeu a Lyra?

— Não! — Reagiu. — Eu não tenho nada contra gatos, desde que eles estejam fora do meu caminho.

Théo olhou para ele desconfiado, se virando para o loiro ao seu lado.

— E ela se apropriou da cama assim que chegou? — Perguntou ao loiro, que acenou com a cabeça logo em seguida. — É, meu amigo... — Colocou a mão no ombro do outro. — Eu estou com o Draco nessa. Não tem como discutir as vontades de um gato. Eu tenho um, sei bem como é.

— Viu só? Théo me entende. — Draco exclamou contente. — Por isso sempre foi meu amigo favorito.

Blaise arregalou os olhos e abriu a boca exageradamente, levando a mão até o peito.

— Como você ousa falar uma coisa dessas? — Exclamou indignado. — Que eu me lembre, não era Théo que ficava ouvindo suas lamentações aos 15 anos porque você queria dar para o Pott-

— BLAISE ZABINI! — Draco gritou, corando fortemente. — Cala. Essa. Boca. — Falou entre dentes, tentando sinalizar seu desespero pelo olhar.

Mas ambos sabiam que já era tarde demais, principalmente pela expressão intrigada estampada no rosto do sonserino entre eles.

— Com quem você queria dormir que eu não estou sabendo, Draco? — Théo perguntou, sorrindo. — Espera um minuto... pela sua reação, teria que ser alguém inimaginável. — Raciocinando por alguns segundos, o garoto arregalou os olhos em constatação. — Não acredito! — Gritou. — É quem eu estou pensando que é?

Accidentally In Love - DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora