Capitulo seis

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— Tenho que ir para a aula.

Caminho pelo corredor e passo por ele.

— Você não vai entrar. — eu paro. — Está atrasada. Ninguém aqui deixa entrar depois do sinal batido.

— Você me deixou entrar.

— Algo me fez abrir aquela porta. — me viro. — E não me pergunte o que.

— Deveria me falar o porquê.

— Eu disse que...

— Das mensagens. — ele não se abala.

Connor olha para os lados, encontrando o corredor completamente vazio.

— Eu vou para o teatro. — diz. — Me encontre lá.

Não pergunto.

Vejo-o se distanciar e espero passar uns minutos. Ao mesmo tempo que me sentia orgulhosa demais para ir atrás dele, eu me sentia curiosa. Queria saber o motivo de ele ter pego meu número e de ter puxado assunto como se fosse normal. Principalmente o motivo de ter fingido ser Bruce.

Ajeito a minha bolsa e começo a caminhar para o teatro. Tinha algumas pessoas pelo pátio, mas eles não pareciam se importar comigo. Entro no pequeno corredor escuro e vou até o final dele. Empurro uma das portas do teatro e entro rapidamente.

Connor está sentado no palco e olhava na direção da escada. Exatamente onde eu estava.

— Você pode começar. — digo, um pouco alto, enquanto desço as escadas.

— O que te faz pensar que eu vou falar alguma coisa? Sou seu professor.

— Não! — exclamo e largo minha bolsa no banco. — Aqui, você é o Connor. O cara que ficou me mandando mensagens anônimas. Lá fora — aponto para as portas — você é meu professor.

Ele assente de leve.

— Justo.

Permaneço parada no último degrau, olhando para ele.

— Vai ficar em pé, aí? — assinto. — Tudo bem...

— Não enrola. Me fala!

— Okay! — seu tom de voz muda. Não era mais tão firme. Estava suave. — Seu celular vibrou e eu por curiosidade, vi suas mensagens. Sei que errei nisso.

— Sim, errou.

Sinto minhas bochechas arderem, ao me lembrar do que ele leu.

— Mas ao ler aquilo... eu sorri. — ele olha para o chão. — Faz muito tempo que não sinto o que senti. Eu... me senti querido. De novo.

Arqueio uma sobrancelha.

— Do que está falando?

Ele parece despertar de algo e pisca.

— Ér... deixa pra lá.

Cerro os olhos.

— Okay... e sobre ter mantido segredo sobre a sua identidade?

— Eu não sabia como você ia reagir... afinal, sou seu professor.

— É. — sento-me em uma cadeira vazia e cruzo as minhas pernas. — Eu teria estranhado... mas talvez teria levado adiante.

— Por quê?

— Não sei. — minto. Eu sabia muito bem o porquê.

Ele pula do palco.

— Topa sair comigo? — ele para bem na minha frente. — E eu não aceito não.

Me levanto ficando super perto dele. Apenas uma linha seria capaz de passar entre nós. Éramos do mesmo tamanho. Meus olhos estavam na direção dos lindos olhos castanhos dele. Minha boca, estava na direção daquela carnuda boca, que eu adoraria beijar e mordiscar.

O Professor Sedutor - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora