Ganhar um beijo de um problema, ops, cadáver é estranho

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Eu avisei

Boa leitura minhas lagartas astronautas<3

☆°◇•☆°◇

Na grande sacada da mansão Greengrass se encontrava a primogênita da família, a morena pensava se algum dia encontraria a tão sonhada alegria, sentimento esse que apenas conhecia nos livros que roubava da biblioteca da cidade junto de sua amada irmã

– Irmã? – Ouviu Daphne chamar-lhe

– Sim? – Virou-se para a mais nova com um sorriso

Daphne não respondeu, ao invés andou até a irmã e passou a olhar as estrelas com a mais velha, lembranças das noites que passavam inventando histórias sobre os desenhos no céu corriam diante os olhos azuis

Ficaram por um tempo aproveitando a companhia uma da outra naquele silêncio cumplice

– Sabe... – A mais nova começou sem olhar para a irmã – A lua está mais brilhante essa noite, deve estar apreciando o começo de algo lindo...

– Como pode saber disso? – Questionou a morena olhando para a irmã que retribuiu o olhar

– Porque ela me contou – Respondeu simples voltando a olhar para o horizonte

– A lua te contou? – Debochou vendo a irmã rir baixinho

– Quer uma prova?

– Se puder me dar uma – E num movimento inesperado Daphne pegou um punhado de pétalas que voavam com o vento

– Aqui está – Apresentou o resquício da flor

– O que uma planta morta tem a ver com isso? – Perguntou sem entender a loira

– Eram de um buquê – Disse como se fosse óbvio

– Poderia ser de qualquer coisa maninha – Astória revirou os olhos – Vamos entrar esse vento bagunçou seus pensamentos

Astória seguiu para a porta de vidro segurando em sua borda esperando a mais nova, Daphne por sua vez suspirou olhando a lua e soltou as pétalas que seguiram se caminho assim como as irmãs

A diferença era que as pétalas eram livres para acompanhar o vento, já as irmãs...

☆–☆–☆–☆

No meio da floresta, em uma clareira um casal dançava sua primeira valsa como maridos, o vento passava de forma elegante pela copa das arvores, produzindo, assim, um som semelhante a um assobio baixo e fino

Em algum momento da dança, Harry deitou o rosto no ombro de Draco, completamente relaxado e confortável com aquela aproximação estranha

Draco ficou tenso com o movimento e o moreno percebendo riu levemente, com a proximidade o loiro acabou por arrepiar pela lufada de ar frio vindo do riso

– Eu não vou te morder – O de branco sussurrou relaxando a mão que pousava no ombro do mais alto, deixou-a escorregar até o peito do mesmo – A não ser que me deixe fazer isso – Provocou

Malfoy arrepiou novamente causando outra risada no garoto que aos poucos parava de se mexer no ritmo da música imaginária

– Por que se casou comigo? – O moreno perguntou desenhando círculos aleatórios no tecido preto do terno de seu noivo

Draco não respondeu, não sabia como responder sem magoar o garoto em seus braços, Mas porque se importava? Não sabia responder a isso também

Por fim o mais alto soltou a mão esquelética com o intuito de se afastar, mas congelou ao sentir um beijo na curva de seu pescoço, veio seguido de outro um pouco mais demorado

Olhou para o moreno que levantou a cabeça para olhar-lhe nos olhos, a mão do garoto cadáver foi para o ombro do loiro que não se atreveu a cortar o contato visual

Draco virou o rosto levemente ao sentir o mais baixo se aproximando para depositar um beijo em sua bochecha, uma reação em defesa ao temido selar de lábios do matrimonio

Era uma sensação no mínimo... estranha, pensava o garoto vivo, os lábios sem vida tocando a pele quente de sua bochecha

Quando seus lábios se afastaram o jovem Malfoy inclinou o rosto encostando sua têmpora com a do moreno, embora estranha não avia sido uma experiencia de todo modo ruim

Com os rostos perto o suficiente para se sentir a respiração um do outro na bochecha eles ficaram, minutos, horas, dias, não saberiam dizer, só sabem que foi uma sensação boa

 – Temos que ir para casa – Draco quebrou o silêncio com um sussurro

– Vamos – Harry se afastou escorregando a mão que antes estava no ombro do loiro até sua mão entrelaçando seus dedos de forma natural

Osso e carne entrelaçados, vida e morte juntos, assim os jovens começaram a andar pela floresta em direção aonde o moreno saiu da terra

Ao chegarem o moreno pediu que seu noivo fechasse os orbes prateados

Desconfiado Draco arqueou a sobrancelha, em resposta seu noivo sorriu de lado pedindo novamente com mais calma e dando um leve aperto na mão do outro

Da segunda vez o loiro cedeu, fechou os olhos e sentiu um puxão vindo do umbigo e então tudo ficou escuro

☆°◇•☆°◇

Próximo eu só posto amanhã, mas é o meu favorito

Vocês verão porquê

Até amanhã minhas futuras borboletas com graduação na NASA

O Noivo Cadáver Onde histórias criam vida. Descubra agora