Olá futuras moradoras de possíveis borboletarios espaciais
Misericórdia que ficou grande o apelido sendo escrito assim
Enfim, sou aleatória demais Merlin du céu
Boa leitura<3
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Quando abriu os olhos prateados, percebeu que estavam na floresta em frente à ponte onde tiveram a primeira conversa válida
A lua iluminava a copa das árvores, as estrelas desenhavam o manto escuro que era o céu noturno
– Linda não? – O cadáver perguntou admirando o astro – Moony não gosta dela, da lua cheia – Suspirou melancólico
– Por quê? – O jovem vivo perguntou começando a andar levemente até uma pedra e se sentar
– Foi uma das coisas que viu antes de morrer – Explicou abraçando o próprio corpo – Moony diz que a lua cheia lembra do rosto assustado da filha
– Tinha uma filha? – Perguntou vendo o moreno sentar ao seu lado
– Sim – Riu sem emoção – Também era casadoEles ficaram um tempo em silêncio apenas ouvindo o vento assobiar por meio as copas escassas das árvores
– Um fato interessante sobre a morte – O de branco começou como se tentasse brincar – Quando morremos não lembramos do rosto de quem nos viu morrer, mas lembramos de quem nos matou se esse for o caso
– Então Remus não se lembra da filha? – Aquele mundo era curioso
– Ele não lembra dos traços dela, o cabelo, os olhos, a boca, o nariz e nem nada que possa fazer ela ser reconhecida – Deitou a cabeça no ombro do mais alto – Moony não se lembra do nome dela e... ele se culpa todos os dias por isso
– Mas... você disse que ele era casado – O jovem Malfoy incentivou a conversa
– Ele também não se lembra do marido porquê antes do último suspiro ele viu o amado retirar a filha do local para não a traumatizar mais
O silêncio voltou a reinar entre os dois jovens, um silêncio banhado de curiosidade da parte viva– Com Dorcas e Lene foi a mesma coisa – Observou – Já deve ter visto a Meadows no bar, nossa melhor jogadora de sinuca mesmo tendo apenas um braço
– A moça negra com o terninho amarelo? – Perguntou lembrando da mulher que Bella acabou cuspindo bebida no rosto
– Ela mesmo – Respondeu brincando com os dedos do jovem vivo – Dorcas morreu em um assalto no circo que trabalhava com Marlene. Na fuga que a Meadows iniciou, ela acabou destruindo a estrutura do circo para impedir os ladrões de fugirem – Contava calmamente, mas com o peso na voz evidente – Durante a fuga uma das vigas caiu no braço dela e Marlene foi tentar ajudá-la, mas Dorcas perdeu muito sangue e acabou morrendo
– Mas por que ela não apareceu com o braço? Frank tem a cabeça – Uma pergunta válida foi proferida pelo que possuía uma coração batendo
– Por dois motivos, primeiro que ela não precisa do braço para “viver” e segundo porque o membro foi completamente dilacerado – Pontuou ainda brincando com a mão do maior
– Então ela chegou lá em baixo e não se lembrava que Lene era da forma que é?
– Exatamente – Sorriu orgulhoso do marido – Dorcas só se lembrou quando Marlene morreu uns meses depois de gripe suína – Levantou o rosto para olhar o loiro que estava com o olhar distante
– Então Remus não se lembrará do marido nem da filha até que eles morram, é isso?
O de branco assentiu feliz pelo outro estar entendendo seu mundo caótico
– Faz quanto tempo que ele morreu? – Passou o braço ao redor da cintura adornada pelo cinto dourado
– O tempo corre diferente lá embaixo – O mais baixo respondeu perdido nos olhos semelhantes a prata derretida
Ficaram perdidos nos olhos um do outro mais algum tempo, mesmo sem vida, os olhos verdes do moreno brilhavam com a luz da lua
Não sabem quem iniciou o beijo a seguir, mas do que importa se foi tão apaixonante para ambos
As bocas se encontraram como se tivessem um imã ligando uma à outra, como se pertencessem uma à outra
As mãos do cadáver foram para as bochechas do loiro com uma necessidade tão grande que por um momento o moreno se desencostou da pedra onde estava sentado
As mãos do Malfoy firmaram seu aperto na cintura alheia, puxou o noivo o mais próximo que a física de seus corpos permitia e começou a se inclinar na direção dele
As mãos tanto nas bochechas quanto as na cintura puxavam o outro para mais perto com uma naturalidade que quem olhasse achava que se amavam
O beijo desacelerou e com um suspiro ele acabou, diversos selares foram distribuídos pelo rosto do garoto vivoCom sorrisos compartilhados eles tornaram a se aproximar, roçaram os narizes em um carinho delicado e simples sem deixarem de sorrir
O afastar desta vez partiu do moreno que se levantou sentindo o loiro lhe seguir com os olhos até a gata que tentava pegar uma borboleta azul
– Vamos, quero conhecer seus pais – O cadáver sorriu se aproximando do marido
Harry se inclinou com a gata no colo, sorriu aproximando dos lábios do garoto vivo, fechou os olhos e iniciou mais um beijo
Sem delongas o contato foi cortado por Minerva que puxava o véu dos fios moreno, a gata se encontrava enciumada com tanta demonstrações de afeto entre seus donos e nenhum partindo para si como animal de estimação
– Minnie! - O moreno riu ajeitando a tiara de flores
– Minnie? - Perguntou se levantando, seu noivo deu de ombros ainda sorrindo
– Melhor que Minerva – Zombou recebendo um miado em concordância
– Vocês são inacreditáveis – Negou sem deixar de sorrir – Esperem aqui que eu vou preparar meus pais para a notícia
O loiro colocou as mãos nos ombros do outro garoto e o conduziu até se sentar na pedra com Minerva brincando com um pedaço do tecido solto no braço esquerdo
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Preferi acabar por aqui o capítulo por um motivo muito simples
Eu quero que vocês percebam tudo que ocorreu nesse pedaço da história, sim?A mudança de algumas formas de se referir aos personagens e, claro, a explicação dada sobre o pós vida
Mas, entretanto, porém, toda via, eu acabei por aqui hoje beijos mores
(Off: fiquei um dia todo tentando postar essa caraia de capítulo que eu amo)
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O Noivo Cadáver
FanfictionDizem que a lua e as estrelas viram todas as histórias de amor se desenrolar, que elas são responsáveis por todos os livros de romance que conhecemos Como uma escritora procurando inspiração, eu encontrei uma estrela que me contou essa história a q...