Capitulo 02

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POV Camila

Ela não era enorme, um pouco mais alta do que eu, mas parecia forte e estava molhada. Cheirava a couro molhado e morangos frescos, um cheiro que fazia com que sentisse um gosto doce na boca. Eu vacilei para trás, e ela me pegou com as mãos poderosas e macias agarrando os meus braços e me segurando forte. Olhei para cima e realmente ofeguei diante do mais brilhante par de olhos verde-esmerada, que eu nunca acharia aborrecidos, que estavam cheios de simpatia e preocupação e algo parecido com a luxúria. Não podia ser desejo, no entanto, ou pelo menos não para mim. Eu continuava ensopada, sangrando, chorando e irada.

Ela estava vestindo uma jaqueta de couro, com remendos costurados com emblemas de porcos, caveiras e cruzes de ferro, e todas as coisas indecifráveis dos motociclistas. Sua calça era justa, preta e parecia cara. Suas orelhas eram furadas com piercing, uma pequena estrela, uma cruz e um pequeno diamante em cada lóbulo. Ela tinha anéis em seus dedos, objetos metálicos grossos com mais cruzes de ferro e caveiras e selos de uma banda rock. Seu cabelo tinha um estilo short hair sofisticado, eram pretos e estavam colados no seu rosto. Seus olhos, no entanto! Por Deus! Eles queimavam, brilhavam e cintilavam, fazendo coisas que os olhos de nenhum ser humano deviam fazer. Nem sob a chuva e, especialmente, não para mim. Eu, uma menina que a dieta "realmente estava funcionando desta vez".

Suas mãos estavam quentes na minha pele nua e eu ainda não tinha me soltado dela, mesmo percebendo que ela estava me comendo com os olhos. Ela tinha tatuagens atrás dos seus dedos, em cada um deles, exceto o polegar, numa tatuagem que dizia "Semper Fi" punhos juntos. Ela era um fuzileira naval ou um ex-marinheira. Ela certamente me lembrava uma. Ela tinha menos de um metro e setenta de altura, forte como uma parede de tijolos, os ombros e os braços pareciam estar com os músculos bem definidos mesmo através da jaqueta de couro.

Ela exalava perigo, a pura sensualidade feminina, poder, força e confiança em espiral mortal!

Tudo o que ela fez de pé ali, foi me segurar pelos braços.

– Você está bem, senhorita? - Sua voz era suave e profunda, lembrando-me à de Josh Turner quando ele cantava notas graves.

Cale a boca! Eu gosto de música country e daí?

Neguei com a cabeça, acertando meu cabelo contra o meu pescoço.

– Parece que eu estou bem?

Eu não chorava mais, enquanto ela enxugava as minhas lágrimas. Porém estava ofegante perto de hiperventilar.

Sua boca se curvou e se endireitou.

– Acho que não! Claramente... perturbada! E encharcada!

– Muito observador de sua parte!

Ela estava me segurando em seus braços, como se eu pudesse cair novamente. Embora eu pudesse ter caído, realmente. Especialmente se ela mantivesse seus olhos ardentes em mim por muito mais tempo.

Ela me olhava com firmeza, mas eu percebi que ela se esforçava. Meu vestido estava pressionado contra a minha pele totalmente, e era quase transparente, agora ele estava molhado, o que era um fator que eu não tinha considerado quando eu o comprei. Via- se meu corpo claramente, não deixando nada para a imaginação, com exceção da cor da minha pele, e está mulher estava tentando arduamente, e conseguindo, não olhar para mim. Apreciei o esforço dela, mesmo que eu gostasse da ideia de ser comida com os olhos pelo menos uma vez.

– Bem, você gostaria de ir a algum lugar? - Ela perguntou, apontando o dedo para a sua motocicleta.

Aproveitei a oportunidade que a sua mão soltou do meu braço para dar um passo para trás, mas a sua outra mão ainda estava trancada no meu braço direito, firme, suave e implacável. Afastei-me, mas fiquei diante dela. Deveria ter exigido que me soltasse, mas não lhe disse isso. Porém me perguntava o que ela faria se eu tivesse exigido isso!

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