›◞ 𝐃𝐎𝐙𝐄

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Vazio

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Vazio.

Era essa a sensação predominante no peito de Jungkook, entre tantas outras, quando ele acordou naquela manhã.

Sentia a cabeça latejar como um inferno e a claridade que adentrava o seu quarto através das janelas grandes que ficavam na parede oposta a qual sua cama estava apoiada não ajudava em nada.

O menor gemeu baixinho conforme tentou sentar, sentindo seu corpo fraco,  molenga e terrivelmente dolorido, como se tivesse levado a pior surra do mundo. Mas na verdade eram apenas os efeitos do cio mais intenso de todos tempos.

Com um suspiro cansado, e agora sentado e bem recostado nos travesseiros, o Jeon mais novo apoiou a mão na testa, olhando um ponto fixo e logo a cama vazia ao seu lado enquanto lentamente expirava e flashes sobre os últimos três dias lhe vinham à mente, o fazendo se sentir muito constrangido.

O seu ômega estava inquieto no peito, se sentindo completamente rejeitado e indesejado por ter passado mais um cio sem nenhum alfa; por não ter sido saciado como bem queria, em especial após um período intenso como aquele.

Jeongguk, por outro lado, estava aliviado.

Ainda assim, a vergonha ainda estava ali, completamente palpável e lhe lembrando constantemente dos seus gemidos desavergonhados e manhosos que certamente até vizinhos do final da rua haviam ouvido. E…

Céus, ele havia implorado por Taehyung. Dito que queria seu beijo, que queria ele consigo.

Dentro de si.

— Hmmm. – dessa vez uma choramingo altamente frustrado lhe fugiu a garganta um tanto seca e arranhada, à medida que erguia os joelhos à altura do peito nu e escondia o rosto corado ali, como se aquilo fosse impedir que os pensamentos sobre isso retornassem.

Só queria um buraco enorme onde pudesse se enterrar e morrer, só pra não sentir a vergonha que sentia naquele momento. Infelizmente aquilo parecia impossível.

— Querido? – a voz doce de seu appa surgiu do outro lado da porta, em meio ao silêncio do quarto, que no momento era preenchido apenas por suas lembranças constrangedoras. Ainda assim Jeongguk não respondeu num primeiro momento. — Está acordado? Ouvi sua voz… Está tudo bem por aí? Com dor? Posso entrar?

Era nítida a preocupação somente pelo seu tom e o moreno se sentiu um pouco culpado à medida que erguia sua cabecinha cheia de fios negros e transbordando pensamentos.

— 'To bem, appa. – foi a primeira coisa que disse, sentindo a garganta incomodar por um momento e acabando por corar um pouco mais ao lembrar do porquê. Fechou os olhos, suspirando. — Só… Um pouco dolorido e cansado, mas 'to bem. E… Acho melhor que não entre agora, quero me recompor primeiro e esse lugar está uma bagunça.

Sua voz ainda soava num tom baixo enquanto o olhar agora rolava pelo quarto tão bagunçado por conta daqueles três dias intensos, quanto ele estava. Mas sabia que o mais velho ouvia, e em especial, entendia.

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