A VIDA ESCOLHE CAMINHOS ESTRANHOS PARA NOS LEVAR ATÉ O NOSSO DESTINO.
Serena Monroe cresceu sem uma família estruturada, mas isso nunca a fizera infeliz. Ela era a garota mais doce e carinhosa que qualquer um já conhecera, e sempre fora muito grata...
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Serena realmente não imaginara que veria a cena a sua frente quando fosse atrás de Lúcia. A garotinha se encontrava abraçando a cintura de seu padrinho chorando nos braços do mesmo, enquanto Susana e Pedro encaravam a cena, claramente sem saber o que fazer.
- Vocês estão a uma travessura de irem dormir no estabulo! – a voz de Dona Marta se faz presente.
Logo, a mulher aparece no campo de visão de todos, ficando surpresa ao ver o Professor Kirke.
- Professor, me desculpe – pede Dona Marta – Eu disse a eles para que não o perturbassem.
- Tudo bem, Dona Marta – diz o Professor, ainda sendo segurado por Lúcia – Eu sei que existe uma explicação.
E afasta Lúcia delicadamente.
- Mas antes, acho que esta pequena precisa de um chocolate quente – diz o Professor.
Dona Marta coloca um dos braços ao redor de Lúcia e a guia para fora com ela.
Pedro e Susana começam a se afastar, mas, o professor força um barulho de tosse, atraindo a atenção de ambos.
- Me acompanhem – pede o Professor Kirke – Os três.
- Padrinho, posso ir depois? – pergunta Serena – Acho que alguém deveria conversar com o Edmundo.
-A quinta criança, certo?
Serena assente.
- Pode ir, querida – diz Diggory Kirke – Mas depois, venha até meu escritório, chegou uma carta da sua madrinha. E acho que as palavras da Polly vão te interessar muito.
Ao deixar Susana e Pedro com seu padrinho, Serena seguira com sua busca por Edmundo, e não demorara muito ao encontrar o garoto, que ainda se encontrava no quarto das irmãs, pensativo.
- Por que mentiu?
A pergunta de Serena é rápida em tirar o garoto dos seus pensamentos, fazendo com que o mesmo se vire de frente para a ruiva.
- Você e eu sabemos que a Lúcia está falando a verdade – diz Serena – Por que fazer com que a sua irmã se passe por mentirosa?
- Não sei do que está falando – diz Edmundo – Eu não tenho culpa de você compactuar com as loucuras da Lúcia.
- Continuar agindo assim não vai te fazer bem – diz Serena – Só vai te levar ao fundo do poço.
- Eu não pedi a sua opinião! – afirma Edmundo, irritado.
- Mas eu vou dá-la do mesmo jeito – diz Serena, com firmeza – Se você continuar a agir assim, um dia, você pode acabar cruzando uma linha que tenha mais volta. Tente consertar o que está fazendo enquanto ainda pode. Voltar atrás significa progresso, certo?
