Abro os olhos com uma certa dificuldade, está escuro, muito escuro, começo a apalpar o chão tentando levantar e falho miseravelmente, me lembro do meu pé - acho que torci - susurro. Ta doendo pra caralho. Sinto algo escorrer no meu rosto, meu nariz está sangrando, minhas costas também doem, lembro do impacto que senti antes de cair no chão.
- Merda.
Ouço um barulho de correntes e num piscar de olhos me deito no chão gelado novamente, fingindo que estou dormindo.
- Levanta, eu sei que não esta dormindo. - uma voz grossa e sinistra ecoou pelo quarto, mas o medo dentro de mim grita mais alto e permaneço quieta.
- ANDA CARALHO. - escuto passos em minha direção.
- P-por favor não me machuque. - eu falo em prantos, me levantando ou pelo menos tentando.
- Quem é você ? por que estou aqui? me deixa sair, por favor por favor. - suplico
- Você fala demais. - ele vem em direção a mim e a única reação que tenho é me encolher no chão. Sinto uma mão gelada puxando meu braço logo estou sendo arrastada.
- N-nao p-por favor. - tento me soltar a todo custo. Um aperto invade o meu peito e lembro do Salém, novamente vejo tudo em câmera lenta, toda a minha vida, tudo o que passei, meus pais... uma lembrança calorosa da minha infância começa a passar diante dos meus olhos.
[...]
Era um domingo aconchegante, tinha neve lá fora, mas o sol estava quentinho mas o clima estava frio. Acabei de acordar, mamãe me disse que iríamos ao lago hoje. Estou muito feliz, desço as escadas com um sorriso imenso, papai me avista e logo vem de encontro a mim, me encobrindo completamente com seu abraço apertado.
-x-x-x-x-
- Chegamos papai? - ele assente com a cabeça e aponta pra frente.
Olhei na direção em que ele apontou e era perfeito, uma visão linda, o lago estava congelado, o sol refletia no gelo dando sensações de borboletas no estômago. Passamos a tarde toda rindo e nos divertindo como nunca.
[...]
Acordo do transe e percebo o quanto minha vida se foi em pouco tempo, não valia mais a pena está nesse mundo, me convenço de que a morte seria uma boa opção, depois de tanto tempo em negação. Depois de subir umas escadas com certa dificuldade, chegamos em um corredor, estava um pouco escuro e silencioso, eu só podia escutar as batidas frenéticas do meu coração. Eu não parava de chorar e por algum motivo a figura a minha frente não dizia uma palavra se quer, me fazendo entrar em crises de pânico, esperando o pior.
Eu sei o que vai acontecer, eu posso morrer a qualquer momento.
.
.
.
.Jeff
- Olha oque temos aqui. - a pouco metros de mim está a puta garota maconheira e alcoólatra que eu já venho observando por um tempo, ela já estava em minha lista. - Você não deveria está aqui sozinha, com certeza não. - Ela começa a se mover, e logo coloco meu plano em prática.
Ela percebe a minha presença, o cheiro do desespero que sai dela invadem minhas narinas fazendo-me soltar um pequeno suspiro.
A garota não consegue ficar nem em pé direito - essa vai ser moleza - percebendo oque a espera, ela começa a correr, não faço esforço algum e já estou perto, poucos metros. Saco uma faca do bolso e - Bingo!! - acerto em cheio fazendo ela tropeçar e cair, sinto a adrenalina correr pelas minhas veias. Ela é fraca, mata-la seria muito facil e antes que ela possa dizer algo a mais, dou-lhe um golpe que a faz desmaiar.Minha casa é indo para o sul, pra chegar la, preciso atravessar a floresta, é longe pra caralho, logo depois do lago. A garota não pesa quase nada, fazendo a caminhada ser um pouco entediante, penso quais atrocidades eu poderia fazer com essa garota, arrancar seu coração, ou cortar sua lingua fazendo a morrer pelo sangramento? tem tantas coisas, ja fiz inúmeras vítimas mas algo me diz que essa garota vai me render muitas coisas.
Entro em casa depois de abrir os cadeados e retirar as correntes, joguei a garota no porão e subi, tomei um banho quente. Quando saio, eu vou pra cozinha comer algo. - Caralho, aqui ta uma bagunça. - mas porra, quem liga???
-x-x-x-
Levanta, eu sei que você não está dormindo. - a garota se faz de surda, me dá nos nervos.
- ANDA CARALHO. - vou em direção a garota, na intenção de dar um chute, mas ela levanta bem na hora.
- P-por favor não me machuque. - ela diz, hahaha você não sabe o quanto eu amo ver as pessoas suplicar pela vida.
- Quem é você ? por que estou aqui? me deixa sair, por favor por favor.
- Você fala demais.
VOCÊ ESTÁ LENDO
ρᥣᥱᥲ᥉ᥱ, jᥱff. - Nas batidas do coração.
HorrorMegan tem 21 anos, alta, cabelo comprido e ondulado, uma adolescente comum aos olhos dos que convivem com ela. Hoje, Megan mora sozinha numa cidade pouco povoada no Canadá, longe do centro da cidade. Tudo estava indo bem, até Jeff, um serial killer...