Megan
Abro os olhos lentamente, procurando a luz e logo percebo que estou no mesmo lugar... - meu deus, de novo não - digo enquanto me viro. Quando paro para analisar a situação, me assunto levantando bruscamente. - Eu não deveria está aqui. - sussurro para mim mesma. Meu corpo começa a sentir novamente a adrenalina correndo em minhas veias.
- Não mesmo. - uma voz grossa e calma ecoa pelo quarto.
Me direciono para voz e ele estava lá sentando com a cabeça encostada na parede. Não movo um músculo e me recuso a olhar em seus olhos.
- eu estive te observando por muito tempo... - Ele diz falando cada palavra lentamente vindo em minha direção.
- Por que você me salvou? . - as palavras quase não saem da minha boca, eu digo receiosa e com medo.
- Quem está fazendo as perguntas aqui sou eu. - Ele me rodeia, observando cada traço meu.
- Eu não pedi para você me salvar, então me deixa ir. Por favor - é uma tentativa horrível mas mesmo assim eu tento.
- Não.
- o que você quer de mim? Por favor, eu prometo que não vou te denunciar, só me deixar ir - eu nem se quer consigo olhar em seus olhos.
- Eu tenho cara de idiota por acaso?? - ele é rapido e ágil, em segundos estava com suas mãos em volta do meu pescoço, me fazendo sufocar. Ele retira algo do bolso, era uma faca, pequena e afiada. Nessa hora sinto medo, a qualquer momento eu posso desmaiar, o meu pulmão está apertado e minhas pernas perdendo suas forças. Um pequeno corte em minha bochecha é aberto, eu sinto seu olhar em mim, logo em seguida ele me solta, o que me faz cair bruscamente no chão. Tento me manter calma, mas as paredes estão diminuindo, minha visão escurecendo e cada centímetro do meu corpo esta doendo.
- você vai na sua casa e no seu trabalho também.
- P-porque? - não consigo puxar o ar de volta.
- Você vai pegar suas roupas, e se despedir dos seus amigos também. Não quero ninguém atrás de mim te procurando - me despedir? - Você vai criar alguma desculpa, e só para deixar claro, corto o pescoço de todos eles, um - por - um se não fizer o que eu estou mandando. -
Por que isso esta acontecendo comigo? No exato momento em que escuto essas palavras sinto um arrepio na espinha me fazendo estremecer. Eu vou morrer, ele vai me matar e ninguém vai me procurar, mas quem me procuraria? Minha família?
- Ok.
.
.
.12:20am
Minha barriga ronca inesperadamente, estava tão distraída com meus pensamentos que não percebi que estava com fome.
- Se vou ficar presa aqui poderia pelo menos ter destrancado a porra da porta. Idiota. - procuro por uma chave ou algo que eu possa abrir a fechadura da porta. Mas tudo o que eu acho é uma caixa de cigarro na última gaveta da pequena cômoda do lado da cama. Dou um suspiro aliviada, estava sentindo os sintomas da abstinência. - fogo - se tem cigarro deve ter algo, um isqueiro, ou uma caixa de fósforo. Retiro todas as gavetas e encontro um caixa de fósforo molhada e apenas com 3 palitos. - porra.
Acendo o primeiro palito e ele nem se quer acende uma faísca, acendo o segundo e ele quebra, acendo o último rezando para que eu possa degustar daquele cigarro mofado e por sorte consigo.
Passaram se horas e horas e acendo o último cigarro que tinha na caixa, até que escuto a porta destrancar. A figura a minha frente trazia consigo a sobra da morte, nunca vou me esquecer dessa sensação de estar no mesmo lugar que ele, não me sinto segura em nenhum momento.
Ele joga para mim pão e água, eu estava sentindo fome, só queria algo para por no estômago. Tentei comer, mas acabo vomitando, a comida não desce, tento beber a água e consigo beber um gole.
.
.
.Já faz 3 dias que estou aqui, não consigo comer nem sair do lugar, eu já não tenho lágrimas para chorar, nem forças para lutar. Me sinto horrível...
Ouço a porta ranger, ele entra pela porta e para na minha frente, eu sinto seu olhar sobre mim.
Eu não consigo me mexer, estou encolhida no canto do quarto.
- Levanta - ele fala calmo e sereno mas com autoridade.Continuo imóvel, que forças eu tenho? Ele me puxa pelo braço sem esforço algum, fazemos o mesmo caminho até o andar de cima. Paramos numa porta, quando ele abre, vejo que é o banheiro, por um momento fico aliviada e solto um suspiro, não penso duas vezes e entro, mas acabo caindo no primeiro passo.
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ρᥣᥱᥲ᥉ᥱ, jᥱff. - Nas batidas do coração.
HororMegan tem 21 anos, alta, cabelo comprido e ondulado, uma adolescente comum aos olhos dos que convivem com ela. Hoje, Megan mora sozinha numa cidade pouco povoada no Canadá, longe do centro da cidade. Tudo estava indo bem, até Jeff, um serial killer...