ρᥣᥱᥲ᥉ᥱ, jᥱff. - Nas batidas do coração.

VIII

Estou acordando, sinto meu corpo debater de um lado para o outro, aparentemente estou dentro de um carro. Foram horas e horas dentro desse inferno, me perguntava o tempo todo para onde estávamos indo até que o carro parar. Alguém abre o porta malas e me puxa para fora, estou sendo carregada. Eu não sabia onde estava, não sabia se a pessoa que está me levando era o Jeff, a única coisa que me resta é rezar para que nada de pior aconteça.

Estamos entrando numa floresta que parecia não ter fim, posso apostar que esse cara é o Jeff, por que esse cara gosta tanto de florestas? ( porque sera ne megan???) Enquanto me perco nos meus pensamentos, de repente a pessoa que estava me carregando para e num impulso me joga pro chão.

- Eiiii. - caramba, essa doeu.

Era Jeff, eu sabia, mas, sua aparência mudou. Ele estava mais sinistro, macabro, não tinha expressão alguma. Que medo. Me puxando pelo braço adentramos mais a floresta, até chegarmos em uma cabana linda, aconchegante e ao mesmo tempo sinistra. As cores que enfeitam as árvores trazia um charme a mais na casa.

Me pergunto como ele conseguiu essa casa...bom, não vale a pena pensar nisso sabendo que ele é um assassino, esqueci esse detalhe. Assim que entramos na casa, Jeff me arrasta para o que parece ser o porão. - Porra de novo não. -

- Não... Não...Não... Não... Não, Jeff por favor Não. - implorei em platos para que meu sequestrador tivesse um pouco de piedade, mas o que eu recebi foi apenas desprezo. Fui jogada em um chão frio e imundo como um saco de batatas, e implorando mais e mais porém foi outra tentativa falha. Dias se passaram e ainda estou aqui, depois de certo tempo parei de implorar, já não tinha mais esperança o que me mantinha viva era uma pequena fissura na parede, eu podia apreciar por menor que fosse. Um pouco da vista perfeita de lá de fora me trazia calma.

Aqui não possui nada além de um colchão um vaso sanitário e uma pia. Eu não estive comendo direito, não por falta de comida, ele trazia pão e café com alguma fruta de manhã e de noite, as vezes vinha algo pela madrugada, mas eu não sentia mais fome. Aquele velho sentimento me perseguia mais e mais, eu só queria sumir por um momento, apenas parar de existir um pouco para ter paz por um só segundo, eu já não sabia mais o que era isso tem muito tempo.

Hoje está um pouco mais frio e infelizmente não tem muita coisa para se cobrir, posso até escutar meus ossos estralando. Eu já não estava aguentando mais, cada movimento meu doía como uma facada no peito. As vezes me pergunto se Jeff realmente não possui coração, isso certamente é um castigo, mas quem lhe deu tal direto para torturar pessoas?

Enquanto me perco em minhas discussões internas Jeff entra pelo quarto, até pensei que fosse me machucar, mas não, ele está apenas me levando pra lá para cima. Passamos por um pequeno corredor até chegar em frente a uma porta, quando ele abriu percebi que era um quarto.

Ele não disse uma palavra, e eu retribui com a mesma moeda. Assim que entro no quarto posso admirar todos os detalhes, a janela é gigante e me trazia um pouco de desconforto por não está muito acostumada com a luz do sol.

Observo com mais cuidado ao redor e sinceramente, o quarto é bem bonito, tenho a impressão de que a casa toda seja, mas não tenho planos para sair do quarto quero ficar aqui, no meu canto, somente eu e eu.

Assim que volto para a vida real percebo que preciso de um banho urgente, aqui no quarto tem um pequeno banheiro, - Ótimo, menos um motivo para sair. - infelizmente estou muito fraca ainda, por isso evito andar rápido demais então a maioria das vezes o que eu resolveria em 5min agora demoro 8 ou 9 min.

Assim que entro debaixo do chuveiro sinto meu corpo ficando mais leve, é incrível o quanto a água faz bem para o nosso corpo. Quando acabo de tomar banho vou procurar algo para me vestir, - cadê... cade, não estão aqui??? O que vou fazer?

Eu hesito muitas vezes em sair, não quero sair, não quero ver Jeff de novo. Merda, vou vestir o que? Eu não posso sair, mas acabo saindo pois sei que ele não iria me trazer magicamente as roupas.

Ponho meu pé do lado de fora do quarto e vejo o breu do corredor, a casa não é muito diferente da outra, vou em direção no que eu acho que seja a cozinha e avisto o Jeff sentado na mesa, ele me olha também. Não penso duas vezes em recuar, dou meia volta na mesma hora em que o vejo.

- Volte aqui. - as duas palavras que ele diz ecoa pela casa me fazendo estremecer. Eu congelou e não consigo sair do lugar.

- você está surda? Eu disse para voltar aqui. - eu continuo imóvel esperando pelo pior.

Sinto uma presença se aproximando de mim, eu nunca estive com tanto medo quanto agora.