ρᥣᥱᥲ᥉ᥱ, jᥱff. - Nas batidas do coração.

VII

Com calma eu me lembro do que aconteceu, ele não faria essas coisas, faria?? Pela sua expressão eu imagino que não, me sinto envergonhada por pensar outras coisas.

- Me desculpa, e obrigado pelo pé. - falei baixo, eu odiava pedir desculpas, porém nesse caso eu estava errada e me contentei em pedir. Ele apenas acenou com a cabeça.

- Você ainda não me falou seu nome. - eu digo me levantando com dificuldade indo em direção a cozinha.

- Você deveria ficar deitada - ele me diz com voz rouca.

- É Jeff. ele diz se levantando, e como sou uma boa atriz finjo que acabei caindo no chão. - mentira, eu realmente cai. - digo olhando em direção a ele. Jeff vem em minha direção e por um momento pensei que acabaria levando um soco, mas ele apenas me pegou nos braços e comecou a me arrastar pelo corredor, me debati o máximo que pude até não aguentar mais, meu coração esta apertado, nao estou gostando da sensação.

- por favor, não me machuque. - as únicas palavras que consigo dizer, logo depois lágrimas rolam pelo meu rosto. Ele esta me levando para o porão de novo, não gosto nada daqui.
Num movimento só, ele me joga para dentro do quarto frio e úmido.

- Não pense que so porque eu te peguei da merda do banheiro que somos amigos ou algo do tipo, é bom você ficar esperta pra não acabar que nem os outros. Amanhã vamos sair cedo, espero que esteja acordada quando eu descer até aqui novamente.

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Assim que amanheceu o dia, Jeff me levou a cidade. Quase não reconheci o ele, estava bem vestido e com uma máscara, provavelmente para esconder sua cicatriz. De repente ele aponta uma arma na minha testa. - se tentar alguma gracinha, já sabe né? Mato você e logo depois sua amiguinha. - apenas assenti com a cabeça, porque caralhos eu ira tentar fazer algo??

Primeiro passamos lá em casa para pegar minhas roupas que precisava. - toma. - olho para as mãos de Jeff e vejo meu celular.

- você estava com ele o tempo todo???? - ele ignora minha pergunta e da de ombros. - idiota - eu penso.

- Anda logo, manda uma mensagem de voz dizendo que vai embora por que conheceu uma tia rica. - quase acabo rindo por essa desculpa esfarrapada, - Você acha que vão acreditar?.

- só faça - ele destrava a arma apontando para meu pescoço.

- tá bom, tá bom. - o cu não passava nem Wi-Fi.

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Arrumei todas as minhas roupas e forrei os móveis, eu vou sentir falta disso tudo, mesmo sendo tão solitário. Vou no andar de cima e procuro pelo meu álbum de fotos, tem fotos da mamãe, do papai e da Isa também, - aaaah, Salém. Você está aqui também! - deixo algumas lágrimas rolarem.

Salém, dezembro de 2020.
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Isa e Megan, janeiro de 2011
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Sofia e Megan, agosto de 2006.
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Que saudades me deu da mamãe, eu a amava tanto, tanto.
- Vamos-  Jeff diz em alto e bom som, enxugo rapidamente meu rosto e levanto da cama. Estou descendo as escadas e acabo tropeçando, a única coisa que consigo fazer é soltar um "caralho" e sentir o impacto do meu corpo contra o chão.

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