13. Visitas supervisionadas

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McGonagall levantou suas longas vestes enquanto passava pelo buraco do retrato e entrava na sala comunal da Grifinória. Sua cabeça se levantou quando um som estranho de uivo encheu o ar, e ela notou uma faixa cor de gengibre descendo as escadas do dormitório feminino.

O gato fofo e de nariz arrebitado passou por seus tornozelos, lançou-lhe um olhar de comando e subiu os degraus de volta. Entendendo imediatamente o sinal felino, Minerva acelerou o passo pela sala e subiu as escadas correndo atrás da criatura preocupada.

Ao entrar na sala dos monitores, ela mal teve tempo de recuperar o fôlego antes de identificar o motivo de preocupação do gato.

— Senhorita Granger — ela ofegou. — O que em nome de Merlin você está fazendo?

A grande janela da sala havia sido aberta e Hermione estava agora perigosamente empoleirada no parapeito. Seu corpo estava perfeitamente imóvel enquanto ela olhava para o borrão verde do chão, centenas de metros abaixo. A brisa forte do dia fazia com que seus cachos crespos dançassem em seu rosto, e ela estendeu uma das mãos para que o vento empurrasse sua palma. A única ação que ela fez para reconhecer a presença da Chefe de Casa na sala foi inclinar levemente a cabeça para o lado.

— Desça daí neste instante! — Minerva gritou, o medo aparecendo em sua voz.

Hermione suspirou profundamente, mas depois de uma pausa de alguns segundos, girou nos calcanhares e voltou para a sala.

A Chefe da Grifinória imediatamente agarrou-a pelos ombros e puxou-a para uma distância segura da janela. — O que você estava pensando?

A garota balançou levemente a cabeça, mas não disse nada enquanto olhava para o chão.

— Você poderia ter caído... e morrido. — McGonagall balançou sua varinha e a janela se fechou. Ela voltou sua atenção para a jovem bruxa.

— Hermione, olhe para mim. — Quando a garota não o fez, Minerva colocou a mão sob o queixo da garota e puxou o queixo para cima até que seus olhos se encontrassem. Sua voz era firme e sua expressão tão severa quanto poderia ser. — Você é a jovem mais inteligente que já tive o privilégio de conhecer, quanto mais de ensinar. Você tem um dom, Hermione Granger - não o jogue fora. O mundo precisará de sua ajuda, e você deve estar lá para atender ao chamado.

Lágrimas começaram a brotar dos olhos de Hermione, e ela tentou desviar o olhar, mas McGonagall manteve o queixo no lugar. Depois de alguns momentos examinando o rosto da garota, a bruxa mais velha retirou a mão e deu um passo para trás.

— Não haverá mais disso! — ela exclamou, acenando com o braço em direção à janela. Voltando-se para a garota, ela ergueu a sobrancelha severamente. — Isso está entendido?

Hermione fungou e assentiu.

— Bom — McGonagall afirmou com um aceno firme. — Agora, se você me permitir, Srta. Granger, preciso ver seu ferimento.

A jovem bruxa hesitou, mas depois se virou e começou a levantar a camisa. Ela choramingou quando o tecido roçou levemente a ferida.

Minerva colocou a mão sobre a boca e abafou o suspiro que surgiu em seus lábios ao ver a assinatura vermelha raivosa gravada no lenço. — T-t-talvez fosse melhor se você se deitasse.

Com os lábios tremendo, Hermione assentiu e subiu cautelosamente na cama, deitando-se de bruços.

McGonagall foi até ela e sentou-se cautelosamente na beirada do colchão, tomando muito cuidado para não empurrar a garota. Ela abriu o pote que havia recebido e olhou brevemente para a substância laranja dentro dele. Depois de respirar fundo para se acalmar, ela começou a aplicar a pomada fria na pele irritada.

Bound To Him | SevmioneOnde histórias criam vida. Descubra agora