Bound To Him | Sevmione

14. Progresso

— Concentre-se, Granger! — Snape saiu abruptamente de suas memórias.

Suprimindo a vontade de chorar, Hermione lançou um olhar ardente para o bruxo vestido de escuro.

No meio da terceira sessão, ela ainda se sentia um fracasso. É certo que a aula do dia anterior terminou melhor que a primeira; Ela passou pelo período de doze horas sem um grande colapso emocional e só imaginou o grosseiro professor sendo pisoteado por um hipogrifo meia dúzia de vezes.

McGonagall, entretanto, não se saiu tão bem em controlar seu temperamento.

Várias disputas verbais ocorreram entre os dois Chefes de Casa. A animosidade atingiu o auge quando as duas bruxas retornaram ao escritório de sua masmorra após um intervalo no meio da tarde. Severus permitiu que Hermione entrasse novamente no quarto, então bateu a porta com um sorriso de escárnio, deixando Minerva no corredor amaldiçoando o dia em que ele nasceu. Feitiço após feitiço, e feitiço após feitiço, ricocheteou nas fortes proteções de Snape. Somente com o apelo silencioso de Hermione ele suspirou e lamentavelmente concedeu sua readmissão.

Um dia depois, a bruxa mais velha ainda não tinha parado de encarar o bruxo alto. — O que diabos você acha que ela está tentando fazer! Pare de dar ordens a ela, seu idiota!

— Você precisa se concentrar, Srta. Granger — Severus afirmou calmamente, como se a explosão de Minerva nunca tivesse ocorrido. Ele levantou as mãos em advertência. — De novo!

Exalando, Hermione fechou os olhos ao senti-lo penetrar suas barreiras mentais mais uma vez.

Ela tentou varrer suas emoções - ele as jogou de volta em seu rosto. Ela tentou construir muros - ele passou por eles como se fosse o Nick Quase Sem Cabeça ou o Barão Sangrento. Ela tentou desligar o fluxo de memórias - ele expandiu o pequeno gotejamento em uma inundação violenta. Tudo o que ela conseguia pensar em fazer falhou contra a varinha dele.

Foco, foco, foco - é tudo o que ele diz para fazer. Isso é tudo que tenho feito! Concentre-se em quê? Não funciona!

— Senhorita Granger, reclamar não é concentração.

— ESTOU CONCENTRADA! — ela gritou sem abrir os olhos, com o rosto totalmente vermelho. Toda a frustração que havia brotado dentro dela estava agora empurrando furiosamente para o topo, lutando loucamente para escapar. Com raiva, ela procurou cada indício da presença dele em seus pensamentos, envolvendo-os na vermelhidão de sua ira, e deu-lhe um empurrão vigoroso.

Algo pesado bateu contra a parede, quebrando vidros e provocando palavrões em alto sotaque escocês.

Abrindo os olhos, Hermione viu pela primeira vez McGonagall parada com a mão nos lábios e preocupação nos olhos. Confusa, ela seguiu o olhar da mulher mais velha até a parede oposta.

Pulando da cadeira em estado de choque, a garota deu um passo à frente timidamente. — Professor, você está bem?

Snape, boquiaberto para o teto, esparramou-se desajeitadamente entre os restos de uma pequena estante que se quebrou ao meio com a força de seu corpo. Os pedaços quebrados dos frascos e frascos vazios que ele continha estavam espalhados pelo atordoado professor.

Sua expressão se transformou em um grunhido enquanto ele tentava sentar-se sem mais ferimentos. Pequenos cacos de vidro escorregaram de suas vestes, tilintando ao atingirem o chão.

— É exatamente por isso que você precisa controlar suas emoções, Srta. Granger — Severus fez uma careta, tocando a nuca. Quando Minerva se adiantou para ajudá-lo, ele a dispensou com um grunhido. Depois de um momento, ele se levantou, tirou os cacos de vidro restantes de suas roupas e olhou nos olhos dela. — Tente isso com o Lorde das Trevas, e será a última coisa que qualquer um de nós fará.