Capítulo 2

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Júpiter

— Só mais uma foto! Júpiter Donilo!

Eu suspirei.

— Senhorita, hoje é sua folga, não devia dar bola para os fotógrafos. -disse um dos meus seguranças.

— É o trabalho deles. —suspirei— vou tirar apenas duas e saio.

Eu caminhei lentamente conforme os quatro seguranças formavam um círculo ao meu redor, impedindo dos fotógrafos avançarem.

Com meu café na mão eu encarei a primeira câmera, um flash.

Baixei pouco meus óculos, revelando meus olhos violetas, meus cabelos voaram para trás.

Click.

Flashs me cegaram por segundos, mas não me incomodava.

— Vamos. -falei.

Acenei para os fotógrafos enquanto caminhava até o Mustang negro de rodas douradas.

Um dos seguranças entrou no passageiro e os outros foram para o outro carro.

Gostava de circular por Miami assim, meu pai pagou para que eu conseguisse carteira de motorista apenas com quinze anos.

Eu pus o cinto, ligando o carro.

— Não sei como aguenta. -disse Brooke.

— Acostumada com flash, vivo posando pra fotos. —cantarolei— canto, desfilo e faço meu dinheiro, é o que a fama nos cobra em troca.

Eu arranquei com o carro, pondo uma de minhas músicas para tocar.

Cantora, modelo, filha de um empresário bilionário.

Eu já chamava atenção com meus olhos e voz, e quando minha mãe me pôs com dez anos no concurso de miss mirim, tudo estourou.

E depois de alguns anos, comecei a cantar, e agora, mais uma vez o estouro reverbou pelo o mundo inteiro.

Eu suspirei, minha mãe... Nos deixou há quatro anos, ela tinha câncer no pulmão, e estava avançado ao ponto, de que nem mesmo ser internada no hospital mais caro pôde impedir de ela partir.

A morte não liga para dinheiro ou classes soicias, ela apenas leva, quando a hora da pessoa chega, não há o que fazer , é esse o destino.

Um destino cruel.

— Ah não, até aqui. -falei.

Brooke encarou um mutirão de paparazzis, que estavam acumulados na minha lanchonete favorita.

— Brooke, manda faísca comprar um x-tudo daquele pra mim, e um milk-shake. -bati os cílios para ele.

— Já iria sugerir, tem mais de quinze paparazzis alí. -ele disse.

Ele pegou o rádio.

— Faísca, compra o lanche da júpiter. -ele disse.

— Daquele jeito! —emendei no rádio— com direito a milk-shake de Oreo, e compra pra vocês também.

— Pode deixar, patroa. -ouvi ele dizer.

Encarei o mesmo surgir, caminhando até a lanchonete, passando sem esforço pelos paparazzis, o lance deles é comigo mesmo.

Eu suspirei, pegando meu celular, digitando.

— Como está indo nas aulas de dança? -questionou Brooke.

— Bem, já consegui fazer aquele passo difícil. -respondi.

— Parabéns. -falou.

Eu digitei...

Corte De Estrelas PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora