Capítulo 5

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Júpiter

Eu encaro os grão-senhores, e não sabia quando, mas havia a começado a chorar em silêncio.

Pela mãe, eu sou adotada...

Eu já sabia.

Parcialmente sim, achava que era apenas neorose da minha cabeça.

Eu tenho olhos violetas, mas me explicaram que é faota de pigmento, minhas orelhas pontudas? Foi algo que aconteceu na gestação da minha mãe.

— Júpiter... -Rhysand se aproximou.

Eu me afastei, saindo do quarto, eles me seguiram desesperados e eu adentrei o escritório do meu pai, indo de encontro ao cofre.

Eu retirei o quadro que o escondia.

Era uma senha simples mas que ninguém nunca descobriria.

Minha data de nascimento..... A data de nascimento do meu pai, da minha mãe, e... A data de morte dela, em ordem inversa.

Eu digitei, vendo o sofre se abirir.

Eu encarei lá dinheiro, muito dinheiro, uma arma com o documento de porte, eu vasculhei ali dentro até encontrar uma pasta atrás dos bolos de dinheiro.

Eu a puxei, tirando os documentos dali.

Eu levei a mão a boca , soltandando um grito sufocado e baixos.

Papéis de adoção.

Eu escorreguei na parede, lentamente enquanto as lágrimas caíam.

Ele mentiu, ele mentiu.

Feyre se ajoelhou, me abraçando.

— Calma, meu amor. -ela disse com a voz embargada.

Mentiu, mentiu...

Eu me ergui, trêmula, pondo os documentos de volta, fechando, travando e escondendo o cofre novamente.

Mentiu.

— Minha estrela... -Rhysand me segurou pelos ombros, me encarando.

Eu estava com os olhos vagos.

Mentiu...

Eu saí caminhando lentamente às lágrimas ainda caindo.

Não quero lembrar, não quero lembrar.

E como em um passe de mágica, a lembrança fora bloqueada, sendo presa em um baú de rocha em minha mente.

— Não queríamos que descobrisse assim. -disse Feyre vindo até mim.

Eu parei nas escadas.

— Descobrir o que? -questionei.

Eles pararam.

— Não lembra? -ela me encarou confusa.

— Lembrar do que? -perguntei.

Rhysand me encarou analisador, então, senti garras afundarem em minha mente, me causando um calafrio, e tão rápido quanto entraram, elas saíram.

Ele me encarou.

— Ela bloqueou a lembrança. —ele sussurrou para a sua parceira— ela não lembra, a não ser que ative de novo.

Feyre o encarou.

— É possível? -ela questionou receosa.

Ele assentiu.

— Deveria estar doendo muito, para ela fazer isso. -ele suspirou triste.

Corte De Estrelas PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora