𝔔𝖚𝖆𝖓𝖉𝖔 𝖔 𝖈é𝖚 𝖊𝖓𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖆 𝖔 𝖎𝖓𝖋𝖊𝖗𝖓𝖔

Capítulo XI - Raiva.

O guardião celeste ficou ali, estático, completamente descrente do que acabara de presenciar.

O pior, na verdade, era ter que escutar as risadas do príncipe das trevas conjuntas as da Yeri, que naquele instante tentava ao máximo se enturmar com o tinhoso.

Ambos aparentavam estarem relaxados, a forma como lidavam com o caos deixava isso nítido. Era como se tal cena fosse tão comum nos seus cotidianos, quanto beber água. Ou na pior das hipóteses, era como se eles já estivessem esperando por isso, digamos que há um bom tempo.

Nada parecia fazer mais sentido. Haviam muitos questionamentos rondando a mente de um simples guardião. Por que diabos o Taehyung retornou à arena em um momento tão inoportuno? E, por que o Jungkook estava caído sobre o chão de Arles, antes de chegarem ao local? Além do mais, por que ele estava a esperá-los?

- Vocês não farão nada? Absolutamente nada? Não podem ao menos me ajudar? - O guardião demonstrou a sua indignação em palavras.

- Cara, relaxa! Eu já disse, não precisa se preocupar, eles vão voltar. Não tem como sair desse lugar sem a sua ajuda. Por falar nisso, eu quem preciso da sua ajuda para me reerguer! - O tinhoso respondeu-lhe no mesmo instante.

- Eu não vou te ajudar, príncipe Jungkook! Levante-se sozinho! - exclamou completamente furioso.

- Vem! Eu te ajudo! -Yeri contradisse a fala do Ten e se voluntariou a ajudar Jeon.

- Tens noção do que acabou de acontecer? Ele planejou toda essa cena, por que está ajudando o filho das trevas? - Ten retomou a fala, ainda muito furioso com o ocorrido.

- Ele não planejou isso, Ten! Eu tenho certeza. Olhe o estado de suas runas. - A garota desviou o olhar para os braços do filho das trevas, na tentativa de mostrar ao Ten as runas apagadas.

- Por que eu perderia o meu tempo fazendo isso? Aliás, eu que sou a vítima dessa história. Por que está me acusando tanto? Isso é difamação! - Jungkook respondeu ríspido, enquanto esbanjava um olhar descrente.

- Apenas o deixe e me siga, Yeri! Precisamos encontrar a princesa. - O guardião aproximou-se da mais nova.

- Sinto muito, eu gosto de você, mas não farei isso! O Jungkook é a único que, no momento, pode nos ajudar a encaixar as peças desse quebra-cabeça. - Yeri bateu os pés no chão, e o afastou de si.

- Yeri, sinto muito, mas a senhorita está louca? O Jungkook é filho legítimo do Lúcifer, já se esqueceu disso? O que te garante que ele não armou essa cena para nos distrair? - Deu dois passos para trás, ao sentir as mãos da garota afastá-lo.

- Por que todos sempre me perguntam se estou louca? - franziu os dentes. - Ten, o príncipe Jeon está mais perdido do que cego em tiroteio. O efeito do veneno que injetaram em seu braço ainda não passou, por isso, ele não tem forças, e mal consegue se reerguer. Alguém fez isso com ele! Alguém o deixou inconsistente e simplesmente fugiu. Esse mesmo indivíduo, que é mais inteligente que nós, poderia ter esquematizado toda essa cena. Será que você não vê isso? - Tentou novamente explicar a situação para o guardião, porém ele não parecia estar nenhum pouco interessado.

Sem questionar mais, e ainda preocupado, o senhor Chittaphon aproximou-se mais uma vez da Yeri e segurou firme no seu braço, logo mordiscou o lábio inferior, por conta de sua ansiedade.

- Direi mais uma vez, vamos, Yeri! - exclamou Ten completamente afoito.

- Eu já disse, Ten! Eu não irei sem ele, apenas tente confiar em mim. - Yeri franziu novamente o olhar, e então bateu os pés no chão com certa brutalidade.