Capítulo IV - Estranhamento.

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04/10/2003, o primeiro dia de treinamento:

Assim que o sol raiou e a claridade invadiu o quarto, a princesa levantou-se rapidamente da sua cama e abriu as cortinas. Era fácil notar o quanto estava animada.

Motivada pela ansiedade, a garota apressou-se na hora de fazer as suas higienes pessoais. Queria estar pronta antes do horário comunicado pelo guardião celeste Ten Chittaphon, já que a sua intenção primordial era surpreendê-lo.

Ao perceber que não lhe faltava mais nada, guiou os seus passos até o salão central do Palácio de Versalhes e sutilmente notou a presença da sua mãe.

- Filha, porque acordou tão cedo? Por acaso está apreensiva? - a rainha direcionou um olhar preocupado a face da Joy.

- Na verdade não, mãe! Pelo contrário, estou muito animada. - sorriu largo.

- Animada? Que interessante! Você nunca demonstrou interesse por batalhas ou coisas do tipo, sempre preferiu ambientes mais calmos.

- Mãe, então eu preciso ir agora, me desculpa! Depois nós conversamos. - Joy imediatamente retomou os passos, pois não sabia como responder a rainha sem gerar nenhuma  desconfiança, visto que a sua disposição estava diretamente ligada a curiosidade que o Jungkook casou-lhe na noite passada, e não ao seu interesse pelos eventuais treinos.

- Que estranho! Ainda são 9:00 horas da manhã. Os treinos só começam a partir das 10:00 horas. Será que os horários foram alterados ou isso é apenas ansiedade? - Hera deu de ombros e seguiu o seu caminho até a cozinha do palácio.

Ao chegar no Palácio de l'Isle, o qual comportava os portais da 1 tríade. A princesa notou que não havia sido a primeira a chegar no local, mas o seu pai.

Não sabia o motivo da sua presença na corte horas antes da sessão de treinos e isso lhe causava ansiedade

Embora a cena fosse suspeita, a garota não deixava de questionar-se sobre a veracidade de tais informações ditas pelo Jungkook na noite passada. Queria ao menos saber o motivo daquela reunião matinal entre Deus e o senhor Chittaphon, porém nenhuma justificativa plausível sobre tal fato passava pela a sua cabeça.

Em questão de segundos, a Joy se esconde atrás de uma das pilastras da corte, na tentativa de escutar o teor da conversa.

O palacete era altamente silencioso e isso transformava os menores sons, em altos barulhos, ou seja, o momento era favorável para uma grande descoberta.

Uma coisa a Joy tinha certeza. Não saber sobre a história da sua família é algo aniquilador, mas a situação a qual estava se submetendo para descobrir a verdade com certeza era muito mais frustrante. Como a filha de Deus pode ser tão ingrata?

    ⁃    Não acredito que estou dando ouvidos ao filho do Lúcifer! Ele pode facilmente manipular toda a história e pintar o meu pai como um vilão. Por que eu devo acreditar nele? Talvez a sua estratégia seja desestabilizar o oponente, pois tendo o seu inimigo sensível, as chances de vencer a batalha aumentariam significativamente. Além disso, eu prometi lealdade e fidelidade ao Reino de Versalhes quando assinei o contrato religioso, então honrarei essa promessa até o fim.

    ⁃    Princesa Joy, é você? - O guardião celeste pronunciou-se em voz alta, ao sentir a presença de uma terceira pessoa no palácio.

𝔔𝖚𝖆𝖓𝖉𝖔 𝖔 𝖈é𝖚 𝖊𝖓𝖈𝖔𝖓𝖙𝖗𝖆 𝖔 𝖎𝖓𝖋𝖊𝖗𝖓𝖔 Onde histórias criam vida. Descubra agora