Balada +18

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Julia narrando.

Bebo meu drink chique, um pouco triste. Nunca deixem suas amigas namorarem!

Tive que passar uns dias fora em uma viagem de trabalho, e quando voltei, minha melhor amiga estava namorando um louco possessivo. Ela mal tem tempo para se divertir comigo. A coitada mal ficou na balada comigo e já teve que ir embora. Não é nem meia-noite ainda e ela me deixou. Tudo bem que com menos de cinco drinks ela ficou bêbada, mas acontece.

Seu namorado era quase meu chefe. Na verdade, eu trabalhava para o pai dele. Deus me livre de ser secretária do Antoni (namorado da amiga). Eu já teria ou me matado ou matado ele.

Mas pelo menos ele me deixou um cartão da área VIP antes de sair. Os drinks daqui têm até canudo de flamingo.

— Uma moça bonita bebendo sozinha? — o barman pergunta e eu assinto, pegando um copo bonito que ele oferece.

— Eu saio às três da manhã. Quer comer um lanche? — ele pergunta e eu dou risada.

— Olha, eu a...

— Ela está bem, eu quero um whisky puro, sem gelo, e pega das garrafas boas do fundo, não uma dessas baratas — o homem me corta, sendo rude, e eu reviro os olhos.

O barman assente e pisca para mim antes de sair para buscar o pedido.

— Você...

Não deixo ele falar, saio do balcão e vou até a pista sem nem olhá-lo.

A pista dos ricos é mais sem graça, mas tem gente bem mais bonita aqui. Acho que é um privilégio.

Danço querendo relaxar e sinto alguém chegando por trás de mim. Ignoro, indo até o chão e movimentando minha bunda.

— O apagão da pegação vai começar — o DJ diz no microfone, fazendo as pessoas gritarem.

Me ergo, andando devagar em direção a um homem alto e forte com coque samurai e tatuagens. Ele sorri em minha direção.

— 1... 2... 3 — as luzes se apagam e eu me guio pelo instinto.

Para minha surpresa, o bonitão estava mais perto do que eu imaginava. Coloco uma mão em seu pescoço, puxando seu rosto em minha direção. Suas mãos fortes colam meu corpo ao dele e, sem esperar, avanço meus lábios nos dele. Seu beijo é forte, necessitado e ansioso.

— Calma — digo baixo e ele dá uma risadinha, voltando a me beijar.

Escuto os gritos animados quando as luzes são acesas, mas ignoro, continuando com os olhos fechados. Passo a mão pelo tanquinho dele, arranhando. Sinto ele arfar em minha boca, mordo seus lábios antes de nos separarmos. Pelo menos eu tento nos separar, só que ele não me libera.

— Isso foi...

Abro os olhos e, para minha surpresa, não é o samurai. Quem é esse doido? Ele me olha sorridente e seus olhos com pupila dilatada me deixam confusa; mal dá para ver o azul. Passo a mão em seus cabelos curtos, mas muito macios. Sua pele branca fica vermelha rapidamente nas bochechas.

— Incrível? — ele tenta completar minha fala, mas nego com a cabeça.

— Foi... bom até.

— Quer sair daqui? Apenas uma noite — ele pergunta e penso bem. Talvez seja bom me divertir com alguém, apenas hoje.

— Quero — falo após um longo tempo e ele sorri, passando a mão no canto do meu rosto.

Como Deus é bom, eu mirei em um gato, mas ele me surpreendeu com um gostoso.

Acidente Perfeito- 2° RUSSOSOnde histórias criam vida. Descubra agora