CAPÍTULO 9

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4 ANOS DEPOIS

A chuva de verão caia forte, corri pra fechar a janela da minha sala pois estava molhando tudo. Era muita água e ventania, um verdadeiro dilúvio! Por eu morar no décimo décimo primeiro andar, a força do vento era muito maior, só faltava levar tudo de dentro do meu apê.

Era três da tarde, mas escureceu tanto que parecia que já era de noite, os relâmpagos iluminavam todo o ambiente. As nuvens carregadas soltavam seus raios furiosos, eu sentia o chão tremer sob os meus pés. Me dava até medo. Parecia que o prédio iria desabar.

Voltei pro meu quarto pra dar continuidade no meu trabalho no meu notebook mesmo sendo domingo. Me sentei e logo em seguia, faltou luz devido a tempestate.

- Mas que merda!

Pra dar um tempo, fui pra cozinha comer alguma coisa. Abri um pote de rosquinhas e coloquei uma da boca. Nessa hora, ouvi alguém bater na porta.

- Quem será nessa chuva?!

Pensei que poderia ser o porteiro ao a minha vizinha.

Fui até a porta e abri. Meu coração quase pulou pra fora do meu peito quando vi quem era do outro lado.

- J-Johnny!

- Oi Iza.

Ele estava completamente encharcado da cabeça aos pés! Em suas mãos, tinha o que um dia foi um buquê.

- Tentei proteger ele da ventania, mas não tive sucesso. - um sorriso amarelo surgiu em seu rosto molhado

Eu fiquei paralisada em choque ainda sem acreditar que ele estava bem alí, diante de mim, em carne e osso.

- Você... - tentei recuperar o ar - Você some por anos e acha que um buquê destruído pelo vento vai resolver?

Johnny abriu seu lindo sorriso se lembrando do que ele um dia falara pra mim.

Não me aguentando de tantas saudades, me atirei em seus braços molhados.

- Eu senti tantas saudades de você, Johnny!

- Eu também senti saudades de você, Iza.

Ficamos abraçados por alguns segundos, depois me dei conta de como ele estava  molhado por culpa da chuva.

- Meu Deus! - me afastei dele - Me desculpe Johnny. Olha só pra você, todo molhado! Entra, vou pegar uma toalha pra você.

- Obrigado. - peguei o buquê de sua mão

Ele entrou tirando as suas botinas encharcadas.

- Vou lá pegar uma a toalha, já volto.

- Tá bem.

Corri pro banheiro, abri o armário onde ficava as toalhas. Voltando pra sala, eu desdobrava a toalha e fui surpreendida com uma cena. Johnny estava sem camisa. Meu coração quase parou.

Ele estava de costas, passava sua mão pelos cabelos molhados e, com a outra, segurava a sua camisa embolada.

- Aqui Johnny. - ele se virou pra mim

- Ah! Obrigado. - sorriu tímido - Eu achei melhor tirar a camisa porque ela está muito molhada.

- Tá tudo bem. - peguei a camisa de sua mão - Você fez bem em ter tirado, pode te dar um resfriado forte se ficar com ela.

Johnny se enrolou na toalha.

- Nossa. Que toalha perfumada!

- Ha! - sorri - Sim. Eu gosto de deixá-las bem cheirosas. Dá uma sensação boa de sair do banho e usar uma toalha limpa e perfumada.

O que o Destino nos Reservou / Johnny DeppOnde histórias criam vida. Descubra agora