Cap 1

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Violet

- Levanta Violet- ouço alguém me gritar de longe.

Eu estava com muito sono para raciocinar de quem poderia ser aquela voz e se era um sonho ou realidade. Meu braço começar a doer e troco de posição me aconchegando um pouco mais na cama, voltando a relaxar. 

Até que o despertador começa a tocar freneticamente em algum canto onde o deixei na noite passada. Tento ignorar o toque colocando o travesseiro na cabeça para abafar o som estridente, mas foi em vão. A porta é aberta com força, me dando um puta susto.

- Levanta logo dessa merda, eu tô a meia hora te chamando menina. Não quero você chegando atrasada na escola- fala mais doce que um limão. Esse era o humor do meu querido pai na maioria das manhãs.

- Sim senhor - o respondo me espreguiçando na cama.

- Não demore de se arrumar, o café já está posto e seu irmão vai te levar hoje. Mais tarde sua mãe vai falar com você sobre um evento importante, mas agora trate de trocar de roupa.

- Certo, não vou...- antes que eu pudesse terminar ele bate a porta me deixando sozinha.- ...demorar muito. Bom dia pra você também.

Me jogo de volta na cama suspirando fundo.

O dia vai ser longo.....

Tomo coragem e finalmente me levanto, com muita preguiça caminho até o banheiro e faço minhas higienes, logo depois tomo um banho bem quentinho. Tinha amanhecido três graus aqui em Boston, e nada melhor que um banho quente para começar o dia.

Termino o banho e caminho em direção ao closet atrás de alguma roupa. Visto uma calça jeans e um moletom vinho que ganhei de presente de Natal, faço umas ondas no meu cabelo e uma maquiagem leve.

Assim que termino, desço as escadas e vou para cozinha tomar café.

Encontro meu irmão sentado na ilha de mármore branca, comendo um delicioso prato de ovos com waffle e suco de laranja. Caminho em sua direção e o pego de surpresa.

- Bom dia Zec- o cumprimento com um abraço desengonçado. Ele toma um leve susto mas logo sorri em retribuição.

- Bom dia Let. Conseguiu dormir bem ?

- Até que sim, mas não precisei de despertador para acordar dessa vez- ele começa a rir por já saber o motivo.

- Imagino pirralha. Pelo menos levantou na hora- Reviro os olhos e lhe mostro o dedo.

Ele dá de ombros rindo e volta a comer sua comida. A casa estava muito silenciosa e tranquila, já desconfiava o motivo. Vou até os armários, pego um prato e me viro em sua direção.

- Estamos sozinhos ?

- Graças a Deus sim, Sara saiu correndo para clínica e o sargento foi logo depois para a delegacia. Mas claro que não aguentou a língua e teve que parar para me ofender.

Caminho até fogão e pego um pouco dos ovos, waffles e das torradas deliciosas que ele tinha feito. Termino de me servir e me sento no banquinho ao seu lado.

Observo meu irmão e o vejo brincar com a comida a sua frente. Estava na cara que qualquer coisa que Vincent tenha dito para ele, de certa forma tinha o deixado incomodado e magoado. Não gostava de ver ele dessa forma, então o ajudo como posso.

- O que ele disse agora ?- pergunto me virando um pouco para ele.

- Disse que tenho que melhorar minha jogada. De acordo com ele, minha forma de jogar está me deixando atrás dos meus colegas e que preciso treinar o dobro se quisesse continuar como capitão e entrar em um time bom- desabafa.

How love feels (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora