ᴊᴀ́ sᴀʟᴛᴏᴜ ᴅᴇ ᴘᴀʀᴀǫᴜᴇᴅᴀs?

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Quando saímos da Biblioteca Nacional, atravessamos a rua e fomos diretamente para um taxi que estava estacionado. O nome do local que iríamos era Armazem longa noite eu tenho quase certeza que esse local estava interditado, há uns 8 anos.

–Nervoso?

Me perguntou Beatriz, eu assenti e ela sorriu. Após uns 15 minutos de viajem, chegamos no local, pagamos o taxi com o dinheiro que estava no envelope e saímos do carro.

–Esse é o local Beatriz.

–Verdade.

O galpão estava com os portões abertos. Dentro do local, estava um avião de pequeno porte cor branca com algumas listras azuis e vermelhas tinha também leve marcas de ferrugem, mas nada muito assustador perto do que estamos prestes a fazer.

–São os passageiros da Amália?

Perguntou um homem barrigudo que aparentava ter meia idade, usava um óculos escuros e bone.

–Somos. E você? Quem é?

Perguntou Beatriz.

–Eu sou George, fui pago pra levar vocês até a Amazônia! Subam no avião.
entramos na parte de dentro havia, uma cabine com os assentos do piloto e co-piloto, logo atrás tinham os nossos assentos, frente a frente era um local organizado, ao lado de cada um dos nossos assentos, tinha mais uma mochila, suponho que pularemos de parquedas. Quando o voo começou, colocamos o fone de ouvidos, o piloto falou que chegaríamos no nosso destino em duas horas. Eu segurei na mão de Beatriz, e lancei um olhar de conforto para ela, não pude deixar de notar suas expressões e olhares nos últimos dias.
Passadas as duas horas, o piloto de comunica conosco.

–Vocês saltarão de paraquedas daqui a 5 minutos, vocês precisam pular, contar alguns segundos e puxar o gancho.

O pânico no olhar de Beatriz era evidente.

–Já saltou de paraquedas? Eu tenho um certo pavor de alturas.

Me perguntou Beatriz, e eu sinalizei com a cabeça negando. Aquela era minha primeira vez, e se algo desse errado, seria a última.
Colocamos as mochilas com o paraquedas e continuamos com a mochila que Amália nos deu em mãos, o piloto tomou altitude e então, abriu a porta. Ele nos olhou e fez um sinal de aprovação e um gesto de despedida, Beatriz e eu retribuimos, e saltamos juntos.
Saltar de paraquedas é uma sensação única, há uma explosão de adrenalina no seu corpo, você está em queda livre e se algo der errado, aqueles podem ser os seus últimos segundos de vida. Segurei o gancho da mochila, olhei para Beatriz e o puxei, ela entendeu meu sinal e fez o mesmo. Agora estávamos planando e abaixo de nós, estava uma floresta imensa. Temos uma missão a fazer, e o tempo não é o nosso aliado.
Vista de cima, a Amazônia é belíssima, um verde que parece ser infinito, imagino a quantidade de vida que esse local deve abrigar, tantas espécies de plantas e animais que ainda não foram descobertos.
Passados 15 minutos no ar, descemos com os paraquedas ficando presos em uma árvore. Puxamos o gancho por completo para nos soltarmos dele e finalmente estávamos no chão, não havia nada nas mochilas do paraquedas, então decidimos larga-las pelo caminho.
–Finalmente chegamos e o que faremos Agora?
Me perguntou Beatriz.
–Eu não faço ideia, por onde começamos. Deveríamos olhar nos mapas.
Beatriz abriu sua mochila e se deparou com uma lanterna, um mapa, duas pistolas beretta 92s, uma faca tática, três garrafas de água, alimento, três pacotes de biscoito e seis maçãs, itens de primeiros socorros, bússola e os radios comunicadores, ela me olhou, riu e pulou de alegria. Eu abri a minha mochila e também encontrei o mesmo, naquele momento, Beatriz e eu, sentíamos a mesma coisa. Agora tínhamos alguma chance de sairmos daqui com vida.

–Hahahaaha!! Ela pensou em tudo Damian, tô começando a gostar dessa velha.

Comemoramos por um instante de tempo, e então, Beatriz pegou e abriu o mapa, tinha uma marcação, de onde havíamos pousado, e a possível localização do templo que abrigava a caixa, nas marcações, ficava a aproximadamente 952Km.

–Teremos uma longa viagem.

–Concordo Beatriz, melhor começarmos.

–A bússola marca para o norte.

–Vamos!

Ajustamos os nossos rádios comunicadores, para a mesma frequência, caso nos separassemos e seguimos viagem.

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