ғɪᴍ ᴅᴇ ᴊᴏɢᴏ ᴘᴀʀᴛᴇ 1

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Quando acordei, estavamos amarrados em uma das colunas dentro do templo atrás de mim estavam Ayra e Ricardo, que ainda estavam desarcordados e a minha frente estava Beatriz, olhando para o chão, ela ainda não havia percebido que eu havia acordado.
Olhei para o local de entrada no templo e vi dois guardas esqueletos, pude perceber que o sol estava próximo a se pôr.

-Beatriz! Beatriz! Beatriz!

Ela olhou me olhou e viu que eu havia acordado.

-Damian, me desculpe. Isso é tudo minha culpa.

Beatriz falou chorando e cabisbaixa.

-O que aconteceu?

-Me levaram como refém e eu fui obrigada a mostrar o caminho.

-Onde eles estão? Por que não pegaram a caixa e foram embora.

-Não sei, eles só saíram e deixaram essas duas criaturas aí.

Ayra e Ricardo acordaram ao mesmo tempo.

-O que aconteceu?

Perguntaram simultaneamente.

-Eu estraguei tudo e agora não dá para consertar.

Beatriz falou irritada.

-Por que não levaram a caixa?

Ricardo fez a mesma pergunta que eu.

-Beatriz disse que haviam saído e deixado aqueles dois de guardas.

-Pai me perdoa por favor, isso é tudo minha culpa.

Antes que Ricardo pudesse falar algo, para Beatriz, Ayra o interrompeu.

-Tabom! Já chega de Lamentações Beatriz. Eu não consigo ver a caixa, mas se eles ainda não a levaram, temos uma chance. Só precisamos pensar um pouco. Beatriz, e a sua faca?

Neste momento eu estava desesperado, sem armas ou algo que pudesse nos tirar daqui, não tínhamos saída e Dereck havia nos traído, para o levarmos até o templo.

-Infelizmente, eu a perdi enquanto estava lutando com um deles.

-Merda!

-No meu bolso detrás, tem um canivete.

Se eles não tiraram, ainda temos essa chance.
Disse Ricardo. Ao ouvir isso, Beatriz se alegrou. Com muita dificuldade, Ricardo tirou seu canivete do bolso, rasgou as cordas e soltou-se da coluna. Logo após, foi até sua filha e a soltou. Beatriz se levantou suspirou em alívio e abraçou sei pai.

-Onde estão as mochilas?

Perguntou Ricardo, Beatriz olhou para o lago de fogo, sinalizando que tinham sido jogadas lá dentro. Quando os esqueletos os viram solto, investiram contra eles, mas Beatriz e Ricardo desviaram, jogando os no lago de fogo.

-Por favor pai, vamos para casa. Eu não quero perdê-lo.

Beatriz falou passando a mão em seu rosto e com lágrimas nos olhos. Ricardo segurou em sua mão.

-Vamos.

Ricardo jogou o canivete ao meu lado, e foi com sua filha em direção a porta. Antes que pudessem sair, foram surpreendidos por Tânia.

-Onde vocês vão? A diversão está só começando. Aqui temos papai e filha, fugindo como dois covardes.

Tânia rapidamente puxou uma das suas facas e a deslizou a sua lâmina contra a garganta de Ricardo. Ele caiu no chão de debatendo e cheio de sangue. Antes que Tânia pudesse fazer o mesmo com Beatriz, ela foi atingida nas costas por um raio de Dereck que a fez cair no chão inconsiente. Ele rapidamente viu que Ayra e eu estávamos presos e nos soltou. Fomos até o corpo de Richard, que estava no chão, sem vida. Beatriz chorava desesperadamente, abraçada ao corpo de seu pai.

-Peguem a caixa e fujam, a Tânia vai acordar e o Vandal vai voltar logo, eu ficarei para segurá-los.

Disse Dereck, era possível sentir a tristeza em sua voz, por conta da perda do amigo.

-Não, eu não vou. Eu vou matar todos eles.

Beatriz disse pegando a faca de Tânia de colocando em sua garganta. Ao ver o que estava prestes a ocorrer, Dereck segurou em sua mão.

-Não pode fazer isso.

-Me solta! Essa vadia matou o meu pai.

-Eu sei, mas não posso deixá-la matar a minha irmã.

-Então matarei você primeiro.

-Já chega vocês dois!

Ayra interviu no meio da discussão derrubando a faca no chão.

-Vocês não veem?! Que foram essas discussões que nos levaram ao estado atual em que estamos e agora, Ricardo está morto. E nem assim Beatriz, você para de causar uma confusão.

Eu não falei nada, não tinha reação alguma, estava somente ao lado do corpo de Ricardo em silêncio.

-Dereck, por que vocês três estavam fora do templo quando podiam terem pego a caixa e voltado para a sua dimensão?

Perguntei para esclarecer fatos, algo não estava me cheirando bem na minha mente.

-Seguimos as ordens de Lorde Magnatans. Estabelecemos um ponto de comunicação para passar para ele todas as informações da missão, inclusive que havíamos encontrado a caixa. Magnatans quer vir pessoalmente até a terra pega-lá com suas próprias mãos.

-Merdaa

Eu gritei de ódio, e pude perceber que Beatriz e Ayra ficaram apavoradas.

-Vamos avisar a Amália!

Beatriz disse.

-Não tem como Beatriz, perdemos o comunicador.

-Tem um jeito de impedir Magnatans.

Devemos quebrar a arma de Vandal, a Glaive. Sem ela, Vandal é um inútil, a arma detém todo o poder dele, ela quem trás os soldados esqueletos, faz teletransportes e abre portais para outras dimensões.

-Quando ele vai abrir o portal?

-Assim que a lua atingir o seu ápice no céu.

-Então só temos algumas horas.
Disse Ayra, olhando para a abertura no teto.

-Mas, se você e Tânia estão aqui, Dereck onde está o Vandal?

-Ele está...

-Bem atrás de vocês.

Gritou Vandal da porta, rodeado de soldados esqueletos. Tânia se levantou socando o rosto de Dereck, chutando o seu abdômen, o derrubando no chão e colocando sua faca em sua garganta.

-Sentiram saudades? Um passo, e eu mato ele.

Desta vez, estávamos em menor número e cercados, e o nosso inimigo estava cobrindo os dois lados.

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