2 • Future?

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Harry escutava vozes exasperadas, algumas ele tentou reconhecer mas falhou.

— Eu posso estar velha, mas eu não estou louca, eu reconheceria esses dois não importa qual seja o lugar.

"Essa é a Madame Pomfrey? A voz dela parece estranha". Harry pensou, ele queria abrir os olhos, mas não tinha forças para isso.

— É impossível serem eles, já faz muito tempo desde que eles estiveram assim.

Okay, agora ele estava ficando preocupado, e um pensamento passou pela sua cabeça, e se ele ficou tempo demais fora, preso no nada e as pessoas se esqueceram dele, e agora, depois de sabe-se lá quanto tempo, ele finalmente voltou.

— Professora, eu já disse, não estou louca, eu conheço esses dois muito bem, eles vinham mais para cá do que para o campo de quadribol. Eu tive que refazer cada osso deles por culpa das brigas irracionais deles, eu conheço bem esses dois e não importa o que digam, são sim Draco Malfoy e Harry Potter.

Malfoy? Harry não podia ter ouvido errado. O banheiro, Draco estava lá também, então quer dizer que eles ficaram presos no nada, juntos?

Harry se forçou a abrir os olhos e sentiu que sua cabeça iria explodir por causa da luz.

— Por Merlin ele acordou. — Sua vista estava borrada mas ele podia reconhecer, era de fato Pomfrey. — Você está bem querido?

— Eu... Eu não sei, está tudo rodando.

Ele demorou um pouco para finalmente se acostumar com a claridade e quando finalmente aconteceu, o espanto o tomou, estavam todos ali, mas, velhos, Madame Pomfrey, Professora Minerva, Dumbledore, Snape, todos estavam estranhamente mais velhos.

Gritos vieram da cama do lado e ele viu que Draco tinha acordado e estava vendo o mesmo que ele.

— O que você fez Potter?

— Eu não fiz nada.

— Então porque todo mundo está enrugado assim? Que merda você fez?

Ele estava confuso, mas aparentemente não era o único. Os adultos também estavam com pontos de interrogação estampados em suas faces.

— Vocês são Harry Potter e Draco Malfoy? De verdade?

Era Minerva quem quebrará o silêncio mas sua face parecia mais confusa que tudo.

— Quem mais seria, Professora? O que o Potter fez dessa vez?

— É o que queremos saber.

— Professora, em que ano nós estamos?

— Que pergunta idiota é esse Potter? É lógico que estamos em 95.

Os adultos mudaram as expressões para puro espanto, não era esse o ano? Snape foi quem falou dessa vez.

— Sinto lhes informar, mas não é esse ano em que estamos.

— Não? Nós ficamos desacordados por quanto tempo?

— Aparentemente, 3 dias, mas o ano em que estamos é 2015, 20 anos a mais do que você está pensando.

Harry olhou assustado para Malfoy e não acreditou no que ouvirá, se realmente se passou 20 anos, como eles estavam com seus corpos de 15 anos ainda?

— Eu quero saber exatamente o que foi que aconteceu. O que foi que vocês aprontaram?

— Nós nada, foi o Potter que estava fazendo uma poção estranha e fez ela explodir no banheiro da Murta. Que poção era aquela Potter?

Harry se manteve em silêncio até aquele momento, ele não conseguia pensar direito, o que estava acontecendo?

— Harry? O que você estava fazendo?

Harry? Severus Snape acabou de chamar ele pelo primeiro nome?

— Eu...

— Fala de uma vez Potter antes que eu te amaldiçoe aqui mesmo.

— Eu queria voltar no tempo, eu achei uma poção que me ajudaria já que os vira-tempo estavam confiscados, eu queria voltar para o primeiro dia do quinto ano para evitar as pegadinhas e provocações do Malfoy, eu não aguentava mais ele todo dia fazendo alguma coisa, então ele me derrubou no Lago Negro naquela noite e quebrou minha vassoura, eu esgotei minha paciência e queria dar um jeito em tudo, mas então quando eu estava terminando a poção, ele apareceu e me fez derrubar a poção e nós acordamos aqui.

Harry disse tudo em um único fôlego, estava praticamente gritando e não conseguia erguer os olhos, alguma coisa deu muito errado com aquela poção, mas ele não sabia o que.

— Que poção era essa?

— Eu não consegui ler o nome, eu encontrei em um livro na sessão reservada, Azarações e Poções Uma Vez Esquecidas é o nome do livro. — os olhos do professor praticamente pularam da cara quando ele escutou o nome — O que foi?

— Esse livro foi confiscado a anos, não me lembro de ter tido uma cópia em Hogwarts, ele possuí feitiços das trevas muito poderosos.

— Acho que nós teremos que chamar sua versão mais velha para vir aqui Harry, ele, você pode ter acesso ao livro e nós podemos achar uma solução para vocês voltarem. — Dumbledore que se manteve calado finalmente falou, mas não foi nada que de fato ajudasse.

— Não! Se nós nos encontrarmos com nossas versões desse tempo, vamos ficar presos aqui.

— Harry Potter, o que você tinha na cabeça quando decidiu fazer essa poção? Nós podemos ficar presos aqui? Tem mais alguma coisa que queira contar ou eu já posso te matar?

— Bom...

— "Bom"? Eu juro que vou te matar.

— Se nós ficarmos muito tempo aqui podemos ser apagados do nosso tempo e vamos ficar presos aqui, mas sem nossas memórias do nosso tempo real.

Os adultos tentaram se lembrar de algo parecido com aquela poção maluca que trouxe os meninos para esse tempo mas nada foi resolvido, eles não estavam chegando a lugar nenhum e para melhorar, os dois ainda estavam muito tontos e não conseguiam ficar de pé por muito tempo.

Foi decidido que eles iriam passar a noite na Ala Hospitalar e no dia seguinte procurariam na Sessão Reservada o livro que Potter havia usado, ou pelo menos algo que os ajudasse.

No silêncio da noite, Harry não conseguia parar de pensar que aquilo tudo foi culpa dele e que ele tinha mais uma vez feito algo idiota e irracional.

— Potter? — Malfoy estava na cama ao lado e desde o momento que os professores deixaram a sala ele se manteve em silêncio, nem se quer o ameaçou, e agora, sua voz estava baixa, nada agressiva como de costume, apenas uma voz neutra no vazio.

— O que foi Malfoy?

— Você... Você teve essa ideia idiota só por minha causa?

Harry então se virou para o loiro e o encarou.

— Só? Você tem noção do inferno que eu tenho passado nos últimos meses? Eu não sei o que aconteceu com você durante as férias e não sei porque seu ódio por mim aumentou tanto, mas eu já estava enlouquecendo.

Silêncio, foi isso o que ele recebeu do loiro.

— Eu pensei que se fizesse alguma coisa a respeito do primeiro dia de aula, talvez meu ano fosse um pouco mais normal, ou até mais tranquilo e sem tantas vindas para cá. — ele apontou para as outras macas que estavam ao seu redor — O que foi que eu te fiz Malfoy? Por que você me odeia tanto?

Nada, mais uma vez, o silêncio era o que o outro garoto dava como resposta.

— Quer saber, esquece.

Potter virou para o outro lado e tentou dormir, mas era óbvio que não conseguiria.

— Eu nunca te odiei.

Poderia ter sido um delírio, mas ele sabia que era real, Malfoy disse em um quase sussurro.

— Então o que eu te fiz? Porque você me trata desse jeito?

— Eu só...

De volta ao silêncio, os dois de costas um para o outro, presos em seus próprios pensamentos em um tempo totalmente diferente.

Potter-Malfoy's?  •  DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora