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Mantendo uma distância segura, Harry foi atrás de Zabini, ele não tinha certeza de onde exatamente ele estava sendo levando mas ele não perderia tempo se questionando.

Ao fim do corredor uma única porta estava entreaberta, gemidos de dor eram escutados e Harry sentiu um arrepio subir por sua espinha.

Zabini abriu lentamente a porta e pela expressão que ele fez, Harry soube que algo estava errado.

- O que você está fazendo aqui? Se o seu marido souber nós dois estamos mortos.

Harry se aproximou e o os seus olhos viram foi a cena mais hipnotizante e bela que ele já vira em toda a sua vida.

Um homem alto, forte com os cabelo quase brancos presos em um rabo de cavalo baixo, a varinha empunhada em uma mão enquanto sua respiração permanecia entrecortada, o olhar de puro ódio estava intensificando cada detalhe do rosto do homem.

- Draco, cadê o Harry?

"Draco? Aquele é o Malfoy? Agora eu entendo porquê eu casei com ele" - Harry estava tão hipnotizado pela aparência mais velha de Malfoy que não notou um corpo jogado no chão.

- Ele está descansando, eu precisava acabar de uma vez por todas com Lucius.

Aquelas não pareciam ser palavras de Malfoy.

- Draco, abaixa essa varinha, você não é assim, você não vai ferir ninguém.

- Você não entende Blase, eu tive que ver Harry sendo levado e voltando coberto de sangue por culpa dele, eu vi meus filhos terem pânico sempre que chove por se lembrarem daquela maldita noite, por culpa dele, e você viu como Sírius está, ele não consegue falar nada, parte da sua consciência está presa nessa homem, não me importa o que vai acontecer comigo, eu vou fazer ele pagar por tudo o que já fez comigo e minha família.

Em quanto o loiro gritava, Harry teve que se encostar em uma parede, tudo estava tremendo de tamanha que era a explosão que Draco estava soltando.

Zabini estava firme em sua frente, por apenas um segundo ele deixou transparecer medo, mas se foi.

- Draco, se lembra do motivo que você quis se tornar medibruxo? - O loiro permaneceu com a cara fechada, cego pelo sentimento de raiva - Draco, eu te fiz uma pergunta, você se lembra do motivo?

A expressão do loiro começou a aliviar, como se ele estivesse acordando para a realidade.

- Se você não se lembra, eu te digo, eu, você e Harry estávamos conversando no dormitório e você estava nos apoiando quando dissemos que iríamos nos tornar Aurores, você disse que não queria machucar ninguém como seu pai fez e iria dedicar a vida a salvar as pessoas, principalmente as crianças que não tinham mais ninguém a quem recorrer. Em 10 anos você salvou mais crianças do que todo o departamento dos Aurores já conseguiram em 100 anos, esse é você Draco, você salva e cura as pessoas, você não fere elas, não importa quem seja. Se hoje eu não tenho a marca negra foi graças a você e ao Harry. Você é o meu melhor amigo, eu não vou deixar você acabar com a sua vida assim.

Como se por choque, Draco caiu no chão sem forças, ele estava suando de raiva e não dizia nada.

- Vamos sair daqui, você precisa descansar.

- Ele falou... Ele me falou o antídoto. Ele queria usar o corpo do meu filho para trazer Voldemort.

Zabini fez a mesma expressão de surpresa que Harry, que ainda estava encostado na parede.

- Ele te contou mesmo?

- Veritaserum.

Zabini não aguentou e acabou sorrindo para o amigo.

- Se você usou a poção da verdade, para que deixar ele nesse estado?

O loiro se levantou novamente e deu de ombros para o amigo.

- Vingança? Eu nunca pensei em bons planos sob pressão. Vamos encontrar o Harry agora, acho que a poção já deve estar perdendo o efeito. Não me olha assim, eu disse a verdade, ele está descansando, mas eu conheço a pessoa que eu casei, ele não me deixaria chegar perto dele.

Os dois homens saíram da sala, deixando um Lucius desacordado no chão e um Harry escondido.

- Ele deu o antídoto? Então eu não precisa ter me arriscado assim?

Harry escutou um murmúrio vindo de Lucius e se aproximou lentamente para tentar escutar.

- Me desculpe mestre... Eu falhei de novo... Me desculpe...

Incredulidade era o que definia o que Harry estava sentindo.

- Você é inacreditável.

Harry pegou sua varinha e apontou para Lucius, não era possível que ele nunca fosse aprender a lição.

Um pensamento passou por sua mente, se ele matasse Lucius agora, Draco seria levado como culpado.

- Você tem sorte que independente do tempo, eu me preocupo com o seu filho.

O corpo de Harry já estava visível, ele precisaria tomar a poção Polissuco agora para conseguir retornar até Hogsmeade.

A poção tinha o mesmo gosto amargo que ele se lembrava do segundo ano, mas dessa vez ele não vomitou.

Não tinha um espelho para que ele pudesse se ver, mas ele pode perceber que estava mais alto, bem mais forte e os cabelos estavam bem maiores.

" Por favor que eu não encontrei o verdadeiro Auror"

Harry respirou fundo e saiu da sala com o queixo erguido, ele não poderia parecer assutado.

Assim que saiu da sala, Harry encontrou alguns Aurores, todos eles batiam uma continência rápida ao passar por ele.

" Eu não acredito que peguei o cabelo de alguém importante no Ministério"

Harry apressou o passo e mais uma vez, salvo pela sua estranha sorte, ninguém estava no elevador.

" Só preciso chegar a rede Flu e voltar para Hogsmeade, só isso"

A porta se abriu e para o fim da milagrosa sorte de Harry, estava cheio de pessoas.

" Calma é só chegar até a rede Flu"

A cada passo que ele dava, duas ou três pessoas o saldavam, ele começou a ficar curioso sobre quem era a pessoa que ele pegou a imagem emprestado.

A lareira estava bem na sua frente, ele só precisava de mais 5 passos.

Mas uma voz fez seu corpo inteiro congelar.

- Harry Potter, achei você.

Até amanhã Babies

Potter-Malfoy's?  •  DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora