Capítulo 2

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No dia seguinte, eu acordei por volta das sete horas da manhã.

Hoje teria que ir para faculdade para ter algumas aulas. Passamos todos os dias no hospital fazendo um estágio para adquirir experiências nas áreas de medicina.

Me levantei e fui tomar meu banho. Durante o banho eu fiquei pensando mais um pouco em outra saída para meus problemas. E se eu arrumasse um emprego? Na verdade, eu sempre quis trabalhar, só que meu pai nunca deixou, eu sempre quis conquistar minhas coisas com meu próprio suor.

Porém, havia o estágio. Nos pagavam, só que não era muito.

Saiu do banho e coloco uma roupa e um tênis

Saiu do banho e coloco uma roupa e um tênis

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Pego minha bolsa e desço

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Pego minha bolsa e desço. Meu pai na mesa tomado café, quer dizer, deixando o café esfriar.

— Bom dia pai - ele sobe sem olhar pra mim.

— Não sei o que há de bom no dia! - resmungou mal humorado

— Pai você está bravo? - pergunto com receio — Olha, eu não posso me casar dessa forma

— Claro, não pode, - riu sem humor — Não pode ao menos me ajudar? Ou melhor, ajudar nós dois?

— Meu futuro está em jogo

— É claro que está! Se você não casar com esse moço você vai ficar na rua, sem roupas, pedindo dinheiro no semáforo. Sua faculdade vai pro lixo e seu sonho também! Eu deveria te obrigar - diz alterando o tom de voz

— Oh, agora você vai querer me obrigar - soltei uma risada também sem humor — Estamos no século vinte e um pai. E você? Não pensa em nada além de conseguir dinheiro fácil? - suspirei controlando minha indignação — A situação não é fácil, eu sei. Mas poderíamos pensar em fazer outro coisa. Não pensa em mim? Nos meus sentimentos? O quanto eu posso sair machucada dessa história? Eu ainda sou sua filha?

— Não comece com o drama - ele revirou os olhos

— Não vou mais discutir com você! - sai de sua vista e bati a porta da entrada com força. Sai a procura de um táxi, que não demorou dar as caras. Entrei no carro e seguimos para a universidade.

Cheguei lá e encontrei minha melhor amiga Livia  me esperando na frente dos portões. Ela era o tipo de pessoa que não passava despercebida por ninguém. Era uma mulher bonita e invejável. Tinha os cabelos ruivos e lábios grossos, sem falar no gênio dos infernos que ela tinha. Era minha melhor amiga a longos anos e sempre estava ao meu lado quando eu precisava.

Assim que ela me vê abre um sorriso e os braços:

— Oie amor. - me abraçou carinhosa — Como você tá ?

— Não sei - suspirei cansada.

— O que aconteceu? - me olhou preocupada

— Depois eu te conto, vamos para a aula. - ela assentiu e me seguiu até a sala de aula. Entramos na sala sendo seguidas pela professora que não demorou a começar a falar, falar e falar.

Infelizmente eu não conseguia me concentrar, só aquele maldito assunto ficava girando na minha cabeça e aquela palavra imensa em luz de néon: 'Casamento'. 

Meus pensamentos foram interrompidos por Mariana, diretora da universidade que entrou na sala chamando a atenção de todos. 

— Bom dia pessoal! - sorriu simpática — Juliana, eu preciso falar com você. 

- Hm, tudo bem. - me coloquei de pé caminhando em sua direção e logo saímos em direção a sua sala. 

— Sente-se. - diz assim que entramos na sala e o fiz. Me sentei de frente para sua mesa grande de vidro.

— Juliana é o seguinte, o pagamento está atrasado. 

— O QUE? - gritei.

Casamento por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora