Capítulo 30

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Acordo com a campainha tocando. Já falei que eu odeio ser acordada assim? Pois é, eu odeio! Me levantei colocando uma camisa de Rhavi, já que eu ainda estava em seu quarto. Abri a porta e me deparei com Alexandra, Melissa e mais quatro pessoas que eu não conheço.

— Bom dia querida! – me deu um beijo entrando no apartamento.

— Oi amada! – entrou, as duas moças e os dois rapazes me cumprimentam e entram.

— O que está acontecendo?

— Como o que está acontecendo? Hoje é o seu casamento se esqueceu?

— Não, não esqueci!

— Pois vamos adiantando! Juliana esses são, Thalia, Andreia, Jorginho, e Beto. – os quatro sorriram. — Eles vão cuidar do seu visual!

— Entendi.

— Pois bem, Thalia vem aqui. – começou a conversar enquanto eu fui para cozinha e Melissa me seguiu.

— Que cara é essa?

— Qual?

— Você sabe, ué!

— É que... rolou. – digo cobrindo meu rosto com as mãos.

— O que?

— Você sabe!

— Você transou com o Rhavi? É isso? – sorriu.

— É. Não sei o que eu faço!

— Como assim? Qual o problema?

— O problema é que isso não deveria ter acontecido. Melissa, não podemos confundir as coisas.

— Ainda isso Juliana? – revirou os olhos.

— Não é simples como você pensa!

— Juliana...– a interrompi.

— Para começar eu não me lembro de quase nada. Melissa como eu vou olhar para ele hoje? Isso foi um erro!

— Juliana, olha para mim!

— Não! Eu sei o que vai fazer! – digo desesperada.

— Então não tem do que temer! Olha para mim! – por vencida eu a olhei. E ela me encara profundamente. — Putz Juliana! Você está apaixonada!

— Não, eu não estou!

— Juliana não tente me enganar, você está sim apaixonada pelo Rhavi!

— Eu não estou...– abaixo o tom antes que Alexandra ouvisse – Eu não estou apaixonada! Mel entende, isso é um contrato. Estávamos bêbados e rolou.

— Eu falei para não beber.

— Teu nariz! – lhe estapeei. — Você foi a que mais me incentivou a beber.

— Ah é! – riu coçando a nuca.

— Que vergonha! – cobri meu rosto novamente.

— Vergonha por que? Juliana, ele quis também. Não tem o porque ficar se lamentando!

— Foi o efeito do álcool, você sabe que quando eu bebo eu viro qualquer bicho a ser estudado pela NASA.

— Anna, para! Não foi só álcool, ele só deu um empurrão.

— Foi um erro, super erro!

— Não, não foi. Vocês dois sentem atração um pelo outro. Algo normal entre casais.

— Casais reais, sabe disso não sabe? – ela bufa frustrada.

— Você faz toda uma tempestade em copo de água, se ia ficar desse jeito por que assinou a merda do contrato? – me olhou séria. — Para de ser insegura Juliana Miller. Eu sei que você tem medo de se machucar de novo, mas isso é inevitável! Essa é a vida, a gente sempre vai cair e se machucar, depois a gente se levanta de novo pronto para cair novamente e assim sucessivamente. Se você ia ficar dando piti por que concordou com isso? – me olhou séria.

Casamento por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora