Capítulo 9

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Me deparo com Rhavi deitado sobre a minha cama brincando com meu ursinho de pelúcia.

Mas como foi que essa praga entrou aqui?

— Eu avisei. A propósito...– diz olhando o relógio de pulso – já passaram vinte minutos!

— Como entrou aqui? A porta estava trancada!

— Tenho os meus métodos. – deu de ombros.

— Então quer dizer que além de saber da imaginação das pessoas, você aparece do nada nos lugares com passagens fechadas? Você é o capiroto! – ele gargalhou.

— Você é tão engraçada! – diz enxugando uma lágrima inexistente de seu olho. – Agora anda logo, temos que ir. – se levantou da cama e eu quase caio para trás.

— Eu não acredito! – digo o empurrando e indo até a cama – Você não fez isso!

— Não mesmo, até porque eu não sei o que eu teria feito.

— Você amassou o vestido! Olha aqui! – esfreguei em sua cara.

— O vestido nem ficava legal em você.

— Cala a boca e sai do meu quarto! – ralhei estressada.

— Eu disse que eu viria te buscar e eu vim, não vou sair desse quarto sem você. – cruzou os braços me olhando.

— O que? Você quer apresentar sua noiva de toalha para todos? – arqueei minha sobrancelha lhe encarando – Pois bem, imagine que interessante vai ser os sites falando sobre a noiva de Brian Campbell aparecendo apenas de toalha em público? E quer saber? Eu vou de toalha! Afinal o que bonito é para ser mostrado! – sorri para ele indo em direção a porta, quando ele me puxa pelo braço.

— Olha Miller, dessa vez você ganhou. Mas saiba que é só porque eu não quero ser corno tão cedo! – me olhou sério.

— Vou lembrar disso quando ficar mais tarde! – sorri marota e abri a porta o empurrando para fora sem cerimônias.

Fechei a porta e fui pegar outra roupa.

Por que diabos ele tem que ser tão estressante? Que tipo de ser humano encapetado ele é? De que espécie exatamente?

Resolvi colocar um macacão, e nos pés coloquei um tênis e me olhei no espelho. Satisfeita peguei minha bolsa e sai.

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Cheguei na sala de estar e ele estava de pé olhando alguns retratos na estante

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Cheguei na sala de estar e ele estava de pé olhando alguns retratos na estante.

— Sua mãe? – pergunta apontando para um dos retratos ainda de costas para mim.

— Sim.

— Que pena! – se virou para me olhar.

— Sim, ela morreu jovem. – lamentei com um suspiro baixo.

— Não é por isso, é que é uma pena você não ter puxado a beleza dela. – lhe olhei indignada.

— Insensível! Vai ficar de gracinha ai ou vamos logo?

— Tá apressadinha Miller? – riu.

— Mas é claro, não vejo a hora de você desaparecer da minha frente! – sigo em direção a porta.

— Não esqueça que você terá que conviver comigo por meses, respirar o mesmo oxigênio que eu, meu amor. – sorriu debochado.

— Respirar eu já não te garanto que vá fazer por muito tempo. – murmurei para eu mesma. – Dá para você parar com a palhaçada e andar logo? – digo irritada abrindo a porta. Ele veio logo atrás de mim.

— Você quer que eu faça muitas coisas, vamos com calma pois eu sou um só. – diz ao entrarmos no carro. Lhe ignorei e apenas fixei minha atenção para o lado de fora da janela.

Em um silêncio seguimos a caminho de... Calma ai! Para onde iríamos mesmo?

Casamento por contratoOnde histórias criam vida. Descubra agora